
De acordo com um relatório divulgado esta semana pela empresa de pesquisa global de mercado Mintel, a ideia de se tornar vegano passou a ser mais considerada por um quarto dos jovens de 21 a 30 anos no Reino Unido.
A motivação foi a chegada do novo coronavírus, que tem sua origem associada à intervenção humana na vida silvestre e ao consumo de animais. Além disso, 23% dos entrevistados, de um total de dois mil, disse que está consumindo mais vegetais desde o início da pandemia.
O diretor associado da Mintel Food and Drink, Alex Beckett, disse que mesmo antes da chegada da covid-19 já haviam percebido um crescente interesse por alimentos e bebidas sem ingredientes de origem animal, e não apenas no Reino Unido, mas no mercado global.
A pandemia também tem motivado as pessoas a desperdiçarem menos alimentos, conforme relatório da Mintel, assim como estimulado mais o interesse por cozinhar – inclusive metade dos entrevistados disse que planeja preparar mais alimentos em casa.
Mercado brasileiro e projeção futura
Vale lembrar que o Brasil também experimenta mudanças bem significativas. Em um período de quatro anos, a oferta de produtos veganos no país cresceu pelo menos 677%, em consequência da demanda, segundo a Mintel. A tendência é de crescimento mais substancial para os próximos anos, conforme a população modifica seus hábitos e se abre para novas mudanças.
De acordo com relatório da empresa de pesquisa de mercado Allied Market Research, o mercado global de alimentos veganos deve valer o equivalente a mais de R$ 165 bilhões até 2026, com uma taxa de crescimento anual composta de 10,5%.
O relatório, que inclui o potencial brasileiro de consumo, diversificação e transição para produtos veganos, também destaca países como China e Índia como mercados que estão se abrindo cada vez mais para a produção e entrada de alimentos de origem não animal, e que devem contribuir de maneira substancial com esse crescimento.
Como até 2018 esse mercado valia o equivalente a R$ 74,8 bilhões, isso significa que o seu valor vai mais do que dobrar nos próximos seis anos, o que é um reflexo da mudança de hábitos dos consumidores em diversas partes do mundo.
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