Covid-19: cadeia de carne suína prevê prejuízo bilionário

Pecuaristas sustentam que sai mais caro encontrar frigoríficos interessados em comprá-los do que simplesmente matá-los agora e descartá-los (Foto: Direct Action Everywhere)

Nos Estados Unidos, a pandemia de coronavírus pode gerar prejuízo equivalente a R$ 26,2 bilhões de reais na cadeia de criação de suínos, de acordo com informações do Conselho Nacional de Produtores de Suínos.

A entidade prevê mais fechamentos de frigoríficos nos EUA. Como consequência, eles alegam que já estão vivendo uma realidade em que não têm para quem vender os animais – e por isso estão cobrando uma intervenção do governo na compra dos suínos.

Segundo o Business Insider, o presidente do conselho, Howard Roth, disse a repórteres que muitos pecuaristas estão considerando matar esses animais com fins de descarte, incluindo porcos ainda bebês, porque o custo para mantê-los vivos é considerado por eles como alto.

A entidade apontou ainda que com um número “excessivo” de porcos sai mais caro encontrar frigoríficos interessados em comprá-los do que simplesmente matá-los agora e descartá-los. Nos EUA, cada porco é vendido para os frigoríficos pelo equivalente a 194,4 reais.

A maior empresa de carne suína dos EUA, a Smithfield Foods, fechou recentemente um frigorífico na Dakota do Sul depois que mais de 290 funcionários foram identificados com coronavírus. Na mesma esteira, seguem JBS, Tyson e Cargill, que também têm funcionários com a covid-19.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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