Desde a semana passada, criadores de gado estão se manifestando contra a implementação do Estatuto do Pantanal que, após as queimadas que já destruíram 26,7% do bioma, defende mais rigor nas políticas ambientais.
O presidente da Associação Brasileira de Produtores Orgânicos (ABPO), o pecuarista Leonardo Leite de Barros, alegou que a pecuária no Pantanal já “é uma das mais sustentáveis do mundo” e vê o Estatuto do Pantanal como uma medida que prejudica a atividade econômica na região.
“Chega de legislação restritiva. Vamos fazer uma lei para bonificar os bons e criar cadeias produtivas sustentáveis. Precisamos de política pública, incentivo fiscal e divulgação de produtos e serviços do Pantanal”, disse.
O Estatuto do Pantanal também foi criticado pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Maurício Koji Saito, que sustentou que a atual legislação ambiental “já é extremamente rigorosa”.
Em fase de elaboração pela comissão externa do Senado que acompanha as queimadas, o Estatuto do Pantanal surge como promessa de estabelecimento de normais gerais a serem seguidas para garantir a proteção do bioma, assim como o cumprimento de acordos internacionais de preservação, cobrança de indicadores de sustentabilidade e aperfeiçoamento da atual legislação ambiental.
Uma resposta
Mas é claro que criadores de gado não gostam que se lhes pisem nos calos porque se não é do interesse monetário deles, cai fora. A turma da pecuária, do chicote e do laço é bem capaz de permanecer nesse atual estado de escravatura animal pelos próximos mil anos, ampliando pastos, derrubando árvores enquanto degusta o churrasco amigo com seus parceiros de empreitada, feito com a carcaça de um boi anônimo qualquer, que não importa a dor e o medo que sentiu da morte, se foi por uma “boa causa”, a de encher a pança e o bolso destes fulanos e ciclanos, os verdadeiros donos do pedaço, até que a morte os separe dele e dos seus milhões no Banco, contra a vontade e à contra gosto, claro.