Cruelty Free International adota estratégia para incentivar o governo chinês a não exigir testes em animais

CFI: “”Esse é um esquema realmente empolgante que pode beneficiar animais, consumidores e empresas cruelty free” (Foto: Peta Asia)

A organização Cruelty Free International, que se dedica a acabar com a realização de testes em animais, firmou no mês passado uma parceria com a empresa Knudsen & Co e com o Parque Industrial de Fengpu, no subdistrito de Xangai, na China, para promover a fabricação e comercialização de produtos livres de testes em animais.

A parceria, que conta com o aval do governo chinês, agora permite que empresas que não realizam testes em animais possam fabricar e comercializar seus produtos na China, desde que se instalem no Parque Industrial de Fengpu. “Marcas internacionais agora poderão evitar testes em animais produzindo [e comercializando] cosméticos na China que não precisam de testes pós-comercialização”, informa a CFI, que prevê que o governo chinês possa fazer novas concessões em breve.

Atualmente a China é o maior mercado de cosméticos do mundo. No entanto, muitas marcas internacionais se recusam a entrar nesse mercado por causa da exigência da realização de testes em animais. “Esse é um esquema realmente empolgante que pode beneficiar animais, consumidores e empresas cruelty free”, informa a CEO da CFI, Michelle Thew, no site da organização.

Em 2014, o Departamento de Administração de Alimentos e Medicamentos da China começou a desenvolver os primeiros métodos de testes alternativos à realização de testes em animais, o que motivou a decisão de permitir que cosméticos de uso “não especial”, como perfumes e produtos de cuidados com as unhas pudessem ser produzidos sem a realização de testes animais.

Já em setembro de 2016, o Instituto Zhejiang inaugurou um laboratório em colaboração com o Institute for In Vitro Sciences, dos Estados Unidos. Desde então, cientistas chineses estão sendo treinandos para desenvolverem testes com células e tecidos criados artificialmente, segundo a Bloomberg.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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