O deputado Fabio Reis (SE-MDB) apresentou ontem um projeto de lei que cria a “Capital Nacional da Vaquejada”. A intenção do parlamentar é fazer com que a cidade de Lagarto, no Sergipe, seja reconhecida pelo seu potencial como a “Disneylândia da Vaquejada”.
Na vaquejada, dois homens montados em cavalos perseguem um boi com o objetivo de derrubá-lo puxando-o pelo rabo. “Tamanha é a tradição para o esporte no município de Lagarto e região que, além do mencionado Parque de Vaquejada Zezé Rocha, foi criado em 2016 o Parque das Palmeiras, com o objetivo de fomentar ainda mais o esporte equestre”, justifica Reis no Projeto de Lei (PL) 3324/2019.
E acrescenta: “Sendo este parque apontado como o melhor parque para a prática da Vaquejada do Brasil, apelidado de ‘A Disneylândia da Vaquejada’; o primeiro coberto do país e do mundo – que contempla a melhor e a mais moderna estrutura do esporte com atenção para o bem-estar animal e do homem.”
A prática tem inúmeros defensores entre os políticos brasileiros. Em abril, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), sancionou lei de autoria do deputado Henrique Arantes (PTB), que regulamenta a vaquejada como atividade desportiva e cultural em Goiás. A proposta foi aprovada em segunda votação no dia 21 de março.
A presidente da Comissão Especial de Proteção e Defesa Animal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), Pauliane Rodrigues da Silva, criticou a decisão. Ela defende que o correto é prezar pela vida do animal, não causar sofrimento, como acontece na vaquejada.
Em outubro de 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional uma lei estadual do Ceará que regulamentava a atividade como prática desportiva e cultural. No entanto, em novembro do mesmo ano, o presidente Michel Temer sancionou uma lei que elevou a vaquejada à manifestação cultural.
Uma resposta
sem palavras sobre esse PL que estimula a violência e o atraso!!!
Esse deputado deveria estar preocupado em conseguir verbas para saude e educação em Sergipe, fazer o Estado crescer, gerar empregos, sair do atraso, e não propor um PL primitivo!