Edie Falco grava vídeo criticando crueldade em experimentos com macacos

Segundo a PETA, o centro de pesquisa com primatas da Universidade de Washington já submeteu macacos à irradiação corporal total. “Quase metade dos animais morreu antes do estudo ser concluído (Imagens: Getty/PETA)

A premiada atriz Edie Falco, mais conhecida pelas séries “Família Soprano” e “Nurse Jackie”, tem criticado a realização de experimentos com macacos nos EUA.

Em um vídeo disponibilizado no canal da organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA) na segunda-feira (10), Edie Falco lamenta o sofrimento que tem sido imposto aos animais em um centro de pesquisa da Universidade de Washington.

A atriz enviou mensagens telefônicas para os professores e pesquisadores da instituição. “É um laboratório secreto no campus da Universidade de Washington que abriga quase 400 macacos em gaiolas que são apenas um pouco maiores que seus corpos”, lamenta Edie Falco, acrescentando que eles nunca veem o sol e manifestam frustração e angústia.

Ela destaca ainda que o centro de pesquisa está sendo investigado e já foi citado por uma longa lista de violações ao Ato Federal pelo Bem-Estar Animal, o que inclui mortes de macacos em consequência de fome, desidratação, estrangulamento e erros veterinários.

Práticas conduzidas no laboratório

Entre as experiências com macacos conduzidas no centro está o confinamento de animais recém-nascidos separados de suas mães e deixados com apenas um pedaço de pano.

Um dos pesquisadores, Thomas Burbacher, é acusado de induzir asfixia de filhotes de macacos no momento do parto. Já Eberhard Fetz, segundo a PETA, tem realizado experimentos que envolvem fazer um buraco no crânio desses animais, fixar elétrodos em seus cérebros e implantar cirurgicamente bobinas de arame em seus olhos.

“Ele então os amarra em uma cadeira de contenção por horas, com suas cabeças imobilizadas por meio de instalação de parafusos. Também os priva de comida ou água”, relata.

“O pesquisador Michael Katze infectou macacos com ebola e os observou enquanto sucumbiam à febre hemorrágica, com sintomas que incluíam fortes dores musculares, dores de cabeça, vômitos, diarreia e sangramento interno e externo. Katze foi demitido após anos fazendo comentários racistas e sexistas”, afirma a organização.

Segundo a PETA, o centro de pesquisa com primatas da Universidade de Washington também já submeteu macacos à irradiação corporal total. “Quase metade dos animais morreu antes do estudo ser concluído. Esses experimentos repugnantes não ajudam em nada os humanos – e mesmo que ajudassem, ainda seriam imperdoáveis. Os macacos são seres sencientes que amam suas famílias e só querem viver à maneira deles.”

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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