Os EUA terão um programa piloto com desenvolvimento de medicamentos sem uso de animais, de acordo com a FDA, agência reguladora de alimentos e medicamentos no país.
Isso não significa o fim dos testes em animais, mas uma iniciativa que pode ajudar a reduzir a prática e no futuro contribuir para uma transição.
O programa intitulado Abordagens de Ciência e Tecnologia Inovadoras para Novos Medicamentos (Istand) deve ajudar a integrar ferramentas científicas e tecnologias que usam biologia humana para prever resultados em humanos.
A iniciativa também é resultado dos esforços do Comitê Médico pela Medicina Responsável (PCRM em inglês) dos EUA, que nos último cinco anos vem se reunindo com representantes da FDA para identificar as barreiras ao uso de ferramentas e tecnologias sem o uso de animais.
Objetivo final é o fim dos testes em animais
“Tínhamos que garantir que um caminho para a aceitação de abordagens não animais fosse estabelecido”, informou ontem (2) o comitê, acrescentando que para alcançar esse objetivo foi preciso trabalhar muito com o roteiro de toxicologia preditiva da agência.
“Também defendemos a necessidade desse caminho em nossas contribuições ao Comitê Coordenador Interinstitucional sobre Validação de Métodos Alternativos e ao Comitê Consultivo Científico sobre Métodos Toxicológicos Alternativos, que são dois comitês que influenciam a FDA.”
O Comitê Médico classifica o novo programa como uma vitória histórica para humanos e animais. “Estamos cada vez mais determinados e motivados para alcançar nosso objetivo final: o fim do uso de animais no desenvolvimento de medicamentos.”
NOS EUA, entre os animais que são utilizados em testes estão cães, camundongos, coelhos, porcos, porquinhos-da-índia, gatos e macacos, etc. “São usados em experiências dolorosas como parte do desenvolvimento de drogas [farmacológicas]”, frisa o comitê.
