A morte da bezerra, uma expressão equivocada

Conta-se que o filho caçula do Rei Absalão era muito afeiçoado a uma pequena bezerra (Foto: Jo-Anne McArthur/We Animals)

Creio que muita gente já ouviu alguém perguntar para uma pessoa distraída se ela está “pensando na morte da bezerra”. Desde a minha infância, ouvi várias vezes tal questionamento em tom de brincadeira ou ironia.

Ou seja, fala-se nisso quando se quer brincar ou fazer piada com quem não está prestando atenção. Porém, a história de origem hebraica que originou a expressão não tem nada de engraçada, embora o uso tenha se popularizado com esse viés.

Conta-se que o filho caçula do Rei Absalão era muito afeiçoado a uma pequena bezerra, e não queria que ela fosse sacrificada. Contrariando o desejo do filho, o rei a sacrificou e a ofereceu a Deus.

A partir daquele dia, o menino nunca mais deixou de pensar na morte da bezerra, amargando tristeza por toda a sua vida. Também há versões em que o garoto faleceu ao contrair uma doença agravada pelo seu profundo estado de infelicidade.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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