Fast-food, um futuro sem alimentos de origem animal

Next Level Burger, By Chloe, Plant Power Fast Food e Amy’s Drive Thru, empresas que estão mudando a imagem do fast-food (Fotos: Divulgação)

Você já imaginou um futuro em que seja fácil encontrar inúmeras opções para vegetarianos e veganos em restaurantes de fast-food? E não apenas restaurantes de fast-food, mas restaurantes comprometidos com a saúde e com a sustentabilidade. A Fast Company, uma das maiores revistas de tecnologia e informação dos Estados Unidos, não apenas imagina, como antecipa que essa deve ser uma realidade comum em poucos anos. Ontem a revista publicou um artigo explicando por que o futuro do fast-food será livre de alimentos de origem animal.

No texto, Adele Peters narra que recentemente um novo restaurante de fast-food foi aberto em São Francisco, mas que diferente dos outros, tudo que consta no cardápio é baseado em vegetais. Além disso, o mesmo restaurante, que surgiu no estado do Oregon, já tem outras seis franquias; e essa tem sido uma tendência crescente.

“A Veggie Grill, uma rede vegana fundada em 2005, tem agora mais de 30 franquias. By Chloe, que abriu pela primeira vez em Manhattan em 2015, agora tem seis filiais em Nova York e se expandiu para outras quatro cidades, incluindo Londres. No ano passado, um ex-Burger King perto de San Diego tornou-se o segundo restaurante da Plant Power Fast Food, que abrirá mais dois restaurantes este ano. Ao norte de São Francisco, a vegetariana e orgânica Amy’ Drive Thru está fazendo planos para se expandir nacionalmente”, relata.

A Fast Company cita um relatório da indústria de alimentos dos Estados Unidos publicado no ano passado, informando que de 2014 a 2017 o mercado de alimentos para veganos cresceu 500%. O que tem contribuído para isso não são apenas veganos e vegetarianos, mas também pessoas que estão reduzindo bastante o consumo de alimentos de origem animal. O CEO e co-fundador do Next Level Burger, Matt de Gruyter, explicou que as pessoas também estão mais preocupadas com a saúde e com a sustentabilidade.

“Você tem que ser um pouco louco para tentar reinventar a lanchonete americana, mas desde o início, esse tem sido nosso objetivo”, diz de Gruyter, acrescentando que os dias do McDonald’s estão contados, a menos que a empresa mude visceralmente.

De Gruyter, que é vegano, destaca que as pessoas estão se tornando mais informadas e, quanto mais informadas, mais elas tomam ações positivas. Além disso, ele acredita que ir por esse caminho não deve ser encarado apenas como oportunidade de negócio: “Neste momento, acho que é uma obrigação moral. É assim que acordo todos os dias: como vamos tornar o mundo um lugar melhor?”

Um dos investidores do restaurante de Matt de Gruyter é Alex Payne, um dos primeiros engenheiros do Twitter. Outro exemplo de como o mercado vegano tem sido visto como uma oportunidade de negócio é que a rede multinacional de supermercados Whole Foods tem feito parcerias com novos restaurantes vegetarianos e veganos por todo o país.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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