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Filosofia moral pode afastar estudantes do consumo de carne

Aulas de filosofia moral que questionam hábitos realmente podem influenciar os alunos (Foto: Aitor Garmendia/Tras Los Muros)

Um estudo recente realizado com 1,1 mil estudantes de filosofia nos Estados Unidos provou que a filosofia moral pode aproximar as pessoas da abstenção do consumo de animais.

A pesquisa liderada pelos professores Eric Schwitzgebel, da Universidade da Califórnia; Brad Cokelet, da Universidade do Kansas; e Peter Singer, da Universidade de Princeton, mais conhecido como autor do livro canônico “Libertação Animal”, concluiu que aulas de filosofia moral que questionam nossos hábitos realmente podem influenciar o comportamento dos alunos.

Prova disso é que após somente uma aula sobre ética e consumo de carne, no contexto da filosofia moral, foi registrada queda nesse consumo de 56% para 45% e, segundo informações apresentadas pelo professor Schwitzgebel em seu blog, “sem nenhuma evidência de que as taxas de consumo de carne voltaram a subir nos dois meses subsequentes”.

Em um comunicado da Universidade do Kansas, Cokelet disse que é alentador saber que o pensamento racional, no que diz respeito às consequências de nossas ações para outras criaturas sencientes, é capaz de ainda guiar o comportamento humano.

Para o estudo, os pesquisadores dividiram os estudantes em dois grupos – de ética e consumo de carne e outro sobre caridade. Só registraram mudanças na alimentação os alunos que participaram da aula que discutiu nossos hábitos de consumo que envolvem a morte de animais.

Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

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