Típico da culinária finlandesa, o feijão-fava agora também é um importante ingrediente no desenvolvimento de carnes vegetais na Finlândia. Aproveitando a vocação para o cultivo desse tipo de leguminosa, foodtechs do país já o colocam no mesmo nível de importância da aveia quando o assunto são ingredientes para alimentos à base de vegetais.
A diferença é que enquanto o cereal está sendo mais utilizado na produção de alternativas aos laticínios, o potencial do feijão-fava está no seu perfil nutricional e densidade que favorecem o mercado de substitutos da carne.
Segundo um estudo da Universidade de Copenhagen, a leguminosa é superior à lentilha, ao amaranto e a quinoa, por exemplo, inclusive em relação às proteínas.
E foram esses benefícios que motivaram a foodtech Verso Food a lançar no mercado a linha Beanit, que consiste em duas opções de um novo tipo de carne vegetal à base de feijão-fava, que tem o seu potencial alimentício amplificado por meio de extrusão úmida e bioprocessamento, que também garantem ganho em digestibilidade.
Um ingrediente único
“Nossos produtos podem ser preparados de várias maneiras, seja na culinária cotidiana ou gourmet”, informa. Segundo o CEO da Verso, Tomi Järvenpää, eles não poderiam estar mais satisfeitos com a escolha do ingrediente principal para seus produtos.
“O feijão-fava finlandês é um ingrediente único que nos surpreende constantemente pela sua aplicabilidade. O meio ambiente limpo do nosso país, a água pura e os padrões de alta qualidade também fazem a diferença”, acrescenta.
Vale lembrar que este ano a estatal finlandesa VTT e a Universidade de Helsinque firmaram uma parceria que inclui investimentos equivalentes a mais de R$ 12,6 milhões para produzir novos tipos de carne vegetal, priorizando ingredientes que ainda não estão sendo muito bem explorados pela indústria de alternativas à carne – o que inclui o feijão-fava.
“O objetivo é desenvolver alternativas à proteína animal saudáveis, atraentes e sustentáveis. As mudanças climáticas e os recursos naturais limitados estão desafiando a segurança alimentar da crescente população. O suprimento de proteína é, neste aspecto, o mais crítico”, comunicou a estatal VTT.
