Governo dos EUA destina milhões para criação de instituto dedicado à carne cultivada

(Foto: Upside Foods)

Este mês o Departamento de Agricultura dos EUA anunciou que destinará US$ 10 milhões para a criação de um instituto dedicado à carne cultivada e outras proteínas baseadas em agricultura celular.

Os recursos serão utilizados pela Universidade Tufts, responsável pela implantação do instituto que será comandado pelo professor David Kaplan, uma referência em carne cultivada nos EUA.

Pesquisadores da Virginia Tech, Universidade de Califórnia, Instituto de Tecnologia de Massachusetts e Universidade de Massachusetts também farão parte do instituto que terá como prioridade ajudar no desenvolvimento de novas proteínas e na formação de profissionais da área de agricultura celular.

É a primeira vez que o governo dos EUA investe em uma universidade com o objetivo de desenvolver novas abordagens e tecnologias para a carne cultivada, obtida a partir de uma porção de células de animais que depois podem ser replicadas em biorreatores sem uso de animais.

O que diz a Universidade Tufts 

“A equipe combinará os esforços de engenheiros, biólogos, pesquisadores de nutrição e cientistas sociais da Tufts e de outras universidades, todos em um esforço para aprimorar os alimentos no que diz respeito à sustentabilidade, nutrição e segurança”, informa um comunicado da Universidade Tufts.

Coordenador do Departamento de Engenharia Biomédica da instituição, David Kaplan diz que esta nova indústria pode fornecer alimentos nutritivos e seguros enquanto reduz o impacto ambiental e o uso de recursos – com uma meta de reduções significativas nas emissões de gases de efeito estufa, uso da terra e uso da água em comparação com a produção tradicional de carne.

Para atingir esses objetivos, as equipes interdisciplinares também trabalharão para avaliar a aceitação da carne cultivada entre os consumidores, medir o impacto ambiental do processo de fabricação, avaliar a viabilidade econômica em comparação com a produção agrícola e preparar a próxima geração para atender a demanda profissional dessa indústria.

“Parte da nossa pesquisa vai olhar para a melhoria do conteúdo nutricional, prazo de validade e outras qualidades da carne à base de células, juntamente com avaliações do impacto nas percepções e aceitação do consumidor”, informa Kaplan.

Gosta do trabalho da Vegazeta? Colabore realizando uma doação de qualquer valor clicando no botão abaixo: 




Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *