No dia 29, das 11h às 13h, o Cine Animal-Estar, uma iniciativa do Grupo de Pesquisa sobre Ética e Direitos dos Animais, do Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Universidade de São Paulo (Diversitas – FFLCH/USP) em parceria com o Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra Catarinense (Ficasc), discutirá o filme “Animals”, de Jonas Spriesterbach.
A obra de 75 minutos parte da consideração de que, embora os animais sejam classificados, estudados e processados, eles permanecem enigmáticos e ausentes. “O que há dentro dos animais? Quanto mais perto eles são examinados, menos certeza permanece.”
O debate sobre o filme terá mediação de Luanda Francine e Tainara Murari de Carvalho. Luanda é psicanalista, filósofa, mestre em psicologia social e coordenadora do Diversitas. Tainara é nutricionista vegana, integrante do Diversitas e coordenadora do Cine Animal-Estar.
Quem se inscrever para participar do encontro terá acesso ao filme disponibilizado no canal do Ficasc no YouTube. “Com inspiração nessas reflexões, o Cine Animal-Estar tem por objetivo promover encontros com base em produções cinematográficas que tangenciem a temática dos animais e da animalidade, de modo a multiplicar diálogos em meio à pluralidade de olhares e experiências entre animais humanos e não humanos”, explicam.
O Cine-Animal Estar surgiu inspirado em reflexões de Jacques Derrida em “O animal que logo sou”. “Ele usa a expressão ‘animal-estar’ para designar o mal-estar advindo da percepção de ver-se sendo visto, em estado de nudez, por outro animal”, informam.
“Uma experiência única e original, que nasce com o reconhecimento de que os animais têm os seus próprios pontos de vista, inclusive, sobre nós, gerando assim a consequência de nos reconhecermos também como animais, quando diante desse outro, animal.”
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