Grupo vegano vai combater o lobby das indústrias de carnes e laticínios nos EUA

“Em vez de vermos menos animais morrendo, como funcionaria em uma estrutura capitalista de oferta e demanda, estamos vendo um aumento por causa dos programas de recompra, recuperação e planos de seguros integrados à lei agrícola” (Acervo: F&D)

Esta semana a Vegan Justice League, que conta com a participação da ativista dos direitos animais Connie Spence, conhecida por realizar campanhas veganas em diversas cidades dos Estados Unidos, anunciou que está arrecadando dinheiro para combater o lobby das indústrias de carnes e laticínios.

O grupo defende uma reforma na legislação agrícola dos EUA, que atualmente permite que o dinheiro dos impostos pagos pelos contribuintes seja usado para proteger os interesses das indústrias de carnes e laticínios. Inclusive, segundo a Vegan Justice League, é isso que permite que mesmo quando há queda no consumo de alimentos de origem animal a indústria e os produtores são incentivados a continuarem produzindo em grande escala.

“Em vez de vermos menos animais morrendo, como funcionaria em uma estrutura capitalista de oferta e demanda, estamos vendo um aumento por causa dos programas de recompra, recuperação e planos de seguros integrados à lei agrícola”, critica Connie. O dinheiro arrecadado pelo grupo vai ser utilizado para contratar lobistas profissionais e para realizar campanhas de propaganda que expõem os políticos que recebem incentivos financeiros das indústrias de carnes e laticínios.

Em outubro, o grupo vai começar a instalar billboards (painéis publicitários) nos estados do Texas, Washington e Carolina do Norte, onde há mais políticos apoiados por essas indústrias. “O objetivo da Vegan Justice League é se organizar da mesma forma que os fazendeiros. Atualmente há mais veganos do que fazendeiros, mas eles estão mais organizados na política”, enfatiza Connie Spence.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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