Em 1982, a banda anarcopunk britânica Flux of Pink Indians lançou o disco “Strive to Survive Causing Least Suffering Possible”, originalmente lançado com 12 músicas e em 1989 com 17.
O disco que aborda a crueldade da exploração animal e também traz críticas ao consumismo influenciou muitas pessoas a deixarem de comer carne, incluindo o baixista e vocalista Jeff Walker, da banda de metal extremo Carcass.
Entre as músicas mais populares do álbum está “Sick Butchers”, lançada antes no EP “Neu Smell”, de 1981, que também traz uma música homônima, além de “Poem” e “Tube Disaster”.
“Sick Butchers” conta a história de um boi pastando, mastigando o capim, e que via e ouvia o mundo ao seu redor, até que isso acabou porque as pessoas desejavam seu corpo em seus pratos e sua pele em seus assentos e calçados.
“Você pode gostar do meu gosto. Você pode gostar do meu calor. Pode dizer que na Bíblia falam que você pode me comer…mas eu não quero morrer”, canta Colsk Latter, acompanhado de Derek Birkett (baixista), Andy Smith (guitarrista), Neil Puncher (guitarrista) e Sid Ation (baterista).
“Essa banda explica por que parei de comer carne”, diz Jeff Walker em entrevista à Revolver, acrescentando que o Flux of Pink Indians sempre abordou esse tema de forma bem direta. “São provavelmente a razão pela qual não como carne”, reforça.
A banda anarcopunk já levou sons de matadouros para suas músicas, visando causar um impacto maior no ouvinte.
“Quando éramos apenas garotos, um cara em nosso bairro disse que virou vegetariano por causa de uma de suas músicas”, disse Sean Forbes, da Rough Trade Shops, que realizou uma entrevista com a banda anarcopunk, publicada em 2013 em um encarte comemorativo da Totem Series.
Ele próprio também teve essa experiência. “‘Strive to Survive Causing Least Suffering Possible’ realmente mudou minha vida. É a razão pela qual me tornei vegetariano”, acrescenta Forbes.
Saiba Mais
Na ativa de 1980 a 1986, o Flux of Pink Indians também lançou os discos “The Fucking Cunts Treat Us Like Pricks” em 1984 e ” Uncarved Block”, em 1986.