Na semana passada, o governo do Havaí assinou uma proposta de emenda que proíbe a importação de animais selvagens para apresentação em circos, carnavais e outros tipos de exibições públicas – o que inclui tigres, leões, ursos, primatas, elefantes e crocodilos, segundo informações da organização Humane Society International (HSI).
A proposta foi previamente aprovada em setembro pelo Conselho de Agricultura do Havaí, que obteve duas vezes mais votos favoráveis do que de oposição à medida. “Há uma semana, [o estado de] Nova Jersey [também] fez história ao se tornar o primeiro estado do país [EUA] a proibir o uso de animais silvestres, incluindo elefantes, tigres, leões, ursos e primatas em shows e circos itinerantes”, acrescentou a HSI.
Animais utilizados em shows itinerantes são submetidos a períodos prolongados de confinamento extremo. E quando não estão se apresentando, são acorrentados e confinados em pequenos espaços. Os grandes felinos, por exemplo, são mantidos em espaços pouco maiores que seus corpos.
Além disso, são privados de exercícios adequados, cuidados veterinários, comida e água, segundo a organização. “Simplesmente não há necessidade de envolver animais selvagens em qualquer forma de entretenimento ao vivo”, destaca a HSI.
Vale lembrar que o Havaí tem uma das histórias mais trágicas envolvendo animais usados em circos. Em 1994, a elefante Tyke, que atacou o seu treinador e fugiu do circo, atravessando as ruas de Honolulu, foi assassinada com 87 tiros no centro da cidade. Quando se aproximaram de Tyke, antes do suspiro final, havia lágrimas em seus olhos.