ICV cobra resultados na investigação do assassinato de militante da agroecologia

Branco era militante da causa ambiental e defensor da agroecologia e da produção livre de desmatamento e agrotóxicos (Foto/Acervo: ICV/Divulgação)

O Instituto Centro de Vida (ICV) está cobrando resultados na investigação do assassinato do militante da agroecologia Edmar Rodrigues Branco, de 59 anos, morto a tiros no final do mês passado na zona rural da Chapada dos Guimarães (MT).

Depois de manifestar repúdio ao assassinato, o ICV elogiou o papel de Branco como militante da causa ambiental e defensor da agroecologia e da produção livre de desmatamento e agrotóxicos.

Entre as lutas de Edmar estavam a defesa dos atingidos pela barragem da Usina Hidrelétrica de Manso e o movimento pela regularização do assentamento da Gleba Jangada Roncador, onde vivia.

“Enquanto se solidariza com amigos e familiares da vítima, o ICV cobra resposta das autoridades competentes para que sejam identificados os autores, eventuais mandantes e a motivação do crime.”

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a situação no Mato Grosso é muito preocupante. A CPT aponta que 663 famílias foram despejadas, 550 expulsas e 1164 foram vítimas de pistolagem em 2018 no estado, além de ter registrado 1904 conflitos por terras indígenas.

Em fevereiro, o líder do Projeto PDS Rio Jatobá, Carlos Antônio dos Santos, mais conhecido como “Carlão”, foi morto a tiros em frente à Prefeitura de Paranatinga, no norte do MT.

Em outubro, assassinaram o líder da Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo, Erivelton Tenharin. No ano anterior, nove posseiros foram assassinados em chacina na Gleba Taquaruçu do Norte, em Colniza.

Em 2017, conflitos no campo resultaram na morte de 71 pessoas em todo o Brasil. Já em 2018, foram 24 mortos, segundo a Pastoral da Terra.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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