A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) se manifestou sobre os incêndios que têm atingido o Pantanal. Somente em duas semanas o fogo destruiu 35 mil hectares de vegetação nativa.
Por meio do Centro do Patrimônio Mundial (WHC) e Programa O Homem e a Biosfera (MAB), a organização lembrou, com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que a área afetada pelas queimadas já equivale a oito vezes a área da cidade de São Paulo, o que já é considerado um recorde.
A “Área de Conservação do Pantanal” foi elevada a patrimônio mundial em 2000. No Brasil, o Pantanal se estende pelos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e abriga pelo menos 4,7 mil espécies catalogadas.
“É importante fazer tudo o que for humanamente possível para superar este flagelo que ameaça a biodiversidade daquela que é também a maior zona úmida do planeta”, afirmaram o diretor do WHC, Mechtild Rössler, e o secretário do MAB, Miguel Clüsener-Godt.
Produção de cana no Pantanal
Vale lembrar que em 2019 o governo brasileiro lançou o decreto Nº 10.084, que autoriza instalação da cadeia de cana-de-açúcar no Pantanal, assim como na Amazônia e em outros biomas brasileiros, o que foi classificado pela Frente Parlamentar Ambientalista como um novo risco à biodiversidade e uma medida que favorece a intensificação das queimadas.