Jane Goodall: “Se apenas parássemos de comer toda essa carne”

No último dia 25, a renomada primatologista Jane Goodall participou de uma conferência online da organização jornalística National Press Club (NPC), dos EUA, sobre o impacto da pandemia de covid-19 no mundo e as ameaças contínuas causadas pelas mudanças climáticas.

“Se apenas parássemos de comer toda essa carne a diferença seria enorme porque há todos esses bilhões de animais de fazenda…mantidos em campos de concentração para nos alimentar, e, você sabe, áreas naturais são devastadas para cultivar grãos para alimentá-los”, disse Jane Goodall.

A primatologista destacou ainda que há um alto consumo de combustíveis fósseis para transportar os grãos que serão consumidos por “animais de fazenda”, assim como para levá-los até o matadouro e depois para fazer com que a carne chegue ao consumidor.

“Grandes quantidades de água, que são tão escassas e secam em algumas áreas, são usadas para obter proteína de origem vegetal para alimentar animais. E, por fim, todos estão produzindo gás em seu processo de digestão, gerando metano.”

O gás citado é considerado 30 vezes mais potente do que o dióxido de carbono. Jane Goodall defende que a mudança de hábitos alimentares pode promover boas mudanças para o planeta, para nós mesmos e para outras formas de vida.

“Se todos comerem menos carne, ou preferivelmente nenhuma carne, isso não só reduzirá a crueldade, mas também terá um grande impacto, um impacto positivo sobre o meio ambiente.”

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Uma resposta

  1. “Se apenas parássemos de comer toda essa carne” seríamos os humanos racionais superiores que já deveríamos ser e os animais seriam os amigos que nos recusamos a admirar e enaltecer, por conta ainda de nossa irracionalidade inferior que os enxerga apenas como itens de um cardápio maldito, do qual nos fartamos e nos deleitamos com a mesma bestialidade de nossos ancestrais primitivos, a mesma gula e a mesma estupidez que nos nivela ao chão de selvagens toscamente civilizados, mas ainda sem noção de superioridade e evolução. Não pararemos de comer toda essa carne, porque achamos pouco o número de cadáveres necessários para abastecer as prateleiras dos supermercados, dos açougues e das churrascarias, é preciso queimar florestas e expandir os pastos, continuando a matança que nos identifica como os terráqueos bárbaros que ainda somos, apesar de achar que não. Somos assassinos porque matamos à distancia os inocentes que nos consideram amigos, financiando os assalariados que os matam, tendo em vista ser impossível, para pessoas normais, assistir a matança e almoça-los depois. Somos cúmplices porque somos maus, mastigando nosso
    inofensivo sanduíche de presunto, embalando o sagrado berço do nosso filho.

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