Esta semana a Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal determinou que os 22 animais que há dez anos faziam parte do Le Cirque não devem ser devolvidos aos ex-proprietários.
Segundo o juiz Carlos Frederico Maroia de Medeiros, os animais deverão permanecer onde estão, já que em agosto de 2008 eles foram recolhidos após confirmação de situação de maus-tratos – incluindo saúde abalada e espaço em condições insalubres.
A ação foi ajuizada em 2008 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mas os proprietários do Le Cirque ainda querem os animais de volta e declararam esta semana que vão se pronunciar somente depois de analisarem a decisão liminar.
Entre os animais resgatados há mais de dez anos estavam dois camelos, dez pôneis, quatro elefantes, duas lhamas, duas girafas, um hipopótamo e uma zebra. Em reforço à sua decisão, o juiz destacou que em 2008 os proprietários do circo haviam se recusado a entregar os animais:
“É evidente o risco de alienação ou sumiço dos animais, caso se permita que retornem à prisão dos réus, que já demonstraram temeridade suficiente para desafiar a ação dos poderes públicos.”