Em 2017, durante uma noite fria em Berlim, Felipe Chagas M. de Melo tomou leite de aveia pela primeira vez. “Como era possível existir um produto tão gostoso e que não existisse no Brasil?”, refletiu à época, quando decidiu investir na produção de leite de aveia.
A experiência o direcionou para um novo caminho – criar um produto que atraísse tanto veganos quanto não veganos.
“A partir daquele dia, comecei uma verdadeira saga para transformar um sonho em realidade. Já sabia que empreender no Brasil não era nada fácil.”
Felipe conta que foi motivado pelo desejo de criar um leite vegano melhor, em todos os aspectos, do que o leite de vaca. “Não um substituto para o leite de vaca, mas sua evolução”, acrescenta.
“Uma bebida mais gostosa”
“Quando começamos a estudar a indústria de laticínios no Brasil, um país com o maior rebanho de gado do mundo, e com 80% de suas pastagens em estado de degradação, fomos atrás da melhor maneira para mudar essa realidade”, diz a namorada e sócia Alex Soderberg.
“Enxergamos que uma verdadeira mudança só seria possível se tivéssemos uma bebida mais gostosa do que o leite de vaca e que com o tempo também poderia concorrer com o preço dos leites de origem animal. Uma missão difícil, porém mais necessária do que nunca.”
Em 2017, o casal apresentou para três amigos o projeto de uma empresa de alternativas aos laticínios. “Daquele encontro se formou a sociedade que daria vida à Evolat, marca que tem como objetivo criar os laticínios vegetais mais gostosos e acessíveis possíveis”, explicam.
Primeiras pesquisas e desenvolvimento
As primeiras pesquisas começaram em novembro do mesmo ano e o desenvolvimento teve início em fevereiro de 2018 em parceria com um laboratório de São Paulo especializado em alimentos de origem vegetal.
“Tivemos a sorte de encontrar uma fantástica PhD em Alimentos e Nutrição para nos ajudar. Pessoa incrível que acabou virando grande amiga e está no projeto com a gente desde então, enfrentando todas as dificuldades de sermos pioneiros no desenvolvimento de um leite de aveia no Brasil”, explica Felipe Chagas M. de Melo.
Já no início de 2019, a Evolat foi procurada por uma empresa alemã com anos de experiência na produção de leite de aveia. “Fechamos uma parceria nesse desenvolvimento no Brasil. A sorte foi ter uma das fundadoras metade sueca, metade austríaca e que morou por oito anos em Berlim, trabalhando com a indústria de alimentos.”
Após muitos testes com aveia
Após muitos testes com aveia no Brasil, a qualidade do produto final surpreendeu todo mundo, segundo Felipe. “Já estávamos com o nosso primeiro produto, o Naveia Original, pronto no início de 2020, e prevíamos lançar em março deste ano. Aí veio a pandemia…”
Então adiaram o lançamento, considerando que não era o melhor momento, mas deram continuidade ao desenvolvimento de novos produtos. “Desenvolvemos o nosso leite barista [especialmente feito para misturar com café], só que o nosso laboratório parceiro entrou em lockdown. Com isso, tivemos que comprar todos os equipamentos mais essenciais para a nossa PhD continuar esse desenvolvimento em casa, até a reabertura do laboratório.”
Em novembro, o Naveia Original, produzido a partir de aveia cultivada no Rio Grande do Sul, chegou ao mercado. Já a versão Barista será lançada em janeiro. “São 100% nacionais. E outros produtos, incluindo o achocolatado, estão sendo desenvolvidos para serem lançados ao longo do ano que vem”, adianta.
Saiba Mais
O leite Naveia já está à venda no Rio de Janeiro e em São Paulo. A partir de janeiro, chega ao Sul do Brasil, Minas Gerais e Pernambuco.
Clique aqui para conhecer o site da marca.
