Por meio de dois projetos de lei apresentados ontem (6) na Câmara, Ronaldo Santini (PTB-RS) pode contribuir com a caça de diversas espécies de animais, exóticas ou não.
Além de javalis, deputado fala em “controle” de capivaras, caturritas, pássaros-pretos e jacarés. As propostas somam-se a outras que foram apresentadas no Congresso Nacional nos últimos anos, embora com algumas distinções.
No PL 4827/2020, Santini propõe alteração na Lei de Proteção à Fauna (5.197/1967), destacando que “não constitui caça profissional o controle e comercialização de espécies exóticas invasoras abatidas desde que autorizados por meio de sistema nacional que integre em base de dados única os sistemas estaduais e municipais porventura existentes.”
Ronaldo Santini diz que em relação à população de javalis, por exemplo, “há muitos impactos negativos”.
“O javali é dispersor de plantas exóticas, polui e destrói nascentes e cursos d’água, é um predador de aves e mamíferos nativos e reservatório de inúmeras doenças que podem ser transmitidas à fauna, aos animais de produção e ao ser humano”, afirma no PL que não traz corroborações técnicas.
E acrescenta: “O prejuízo econômico causado por essa espécie exótica invasora é importante particularmente para algumas atividades, como o plantio de grãos e a ovinocultura.”
Outro PL fala em “controle de caturrita, pássaro-preto e capivara”
Já no PL 4829/2020, também protocolado ontem (6) por Santini, e que “dispõe sobre o controle de fauna silvestre”, ele vai além do controle de “espécies exóticas” que embasam o PL anterior e diz que há diversos registros que apontam a necessidade de “controlar” também espécies silvestres como caturritas, pássaros-pretos, jacarés e capivaras.
“É necessário estabelecer mecanismos legais para o manejo da fauna silvestre, quando passa a constituir um problema, alterando os próprios ecossistemas em que ocorre e prejudicando, inclusive, outras espécies nativas”, defende o deputado, que não traz dados sobre como as espécies citadas estão prejudicando o meio ambiente.
Vale lembrar que atualmente o jacaré-do-pantanal está entre as espécies afetadas pelos incêndios que prosseguem na região Centro-Oeste.
2 respostas
“A fauna silvestre passou a constituir um problema” quando civilizados interferiram no equilíbrio ecológico dela; quem desandou o angu, conserte o estrago, não dizimando as espécies superpopulosas , uma solução simplista que caçadores adoram mas os animais preferem outra. Discursos em favor do extermínio desta ou daquela espécie, com ou sem razão, legal ou proibida, geralmente banalizam a morte ao invés de enaltecer a vida, onde quer que ela se manifeste, no berço rendado ou no ninho de palha. Chega das imagens chocantes e mórbidas de bichos abatidos com os pés de seus covardes assassinos sobre eles, sorrindo e empoderados pelo feito “heróico”. Podemos avaliar o prazer maligno destes psicopatas felizes com leis que lhes permitam aumentar sua sanha sanguinária, sem dolo penal algum para eles, ao contrário, com o aval da Justiça. Chega de motivações injustificáveis, apesar de escoradas em fundamentos impropriamente considerados legítimos e imprescindíveis porque jamais a morte de qualquer ser vivo será imprescindível, justificável e conveniente, principalmente se advinda da espécie, a nossa, causadora do desajuste deste descontrole populacional na fauna. Motivações negativas geradoras de holocausto, escravidão e morte de animais e pessoas já deveriam ter dado lugar aos cometimentos positivos em favor da regeneração do Meio Ambiente, que degradamos e do Planeta que depredamos, na qualidade de ladrões e baderneiros destruidores do seu próprio lar terrestre. A Natureza sempre soube equalizar o meio ambiente, controlando a super população de espécies e substituindo aquelas em extinção por novas, porém quando humanos adentram lares sagrados na floresta ou mergulham em oceanos paradisíacos, geralmente retornam com botas sujas de sangue ou com mãos exalando morte, nelas.Tantos avanços científicos tecnológicos, tantas descobertas transcendentes e a Ciência, preguiçosa em relação à vida dos animais, já poderia sim, ter interferido com medidas profiláticas de esterilização destas espécies ao invés de elimina-las depois, só que não. Chega de oratórias contra a vida, contra o mundo, contra Deus. Precisamos de gente que salve quem morre e permita nascer quem está sendo gerado, assim como nós, pessoas, precisamos nascer, para sermos alguma coisa ou seremos zeros à esquerda no contexto universal. O que degringola a engrenagem da bio diversidade é a interferência humana, geralmente letal, quando mete o nariz onde não deve, no manejo de animais e seu presumido “controle populacional” onde a corda vai arrebentar no lado mais fraco deles, como sempre. É invasão da casa verde dos bichos, geralmente para bagunçar o pedaço de chão incomparável deles, onde sabem ser felizes sem nós, onde procriam e crescem sem que se precise ensiná-los a fazer isso.Quem tem avacalhado o Meio Ambiente é o insaciável instinto e fome humanos de posse, quando esburacam o solo da mata para buscar o ouro que os fará mais pobres, se encontrado, e malditos quando roubam, de árvores mal nascidas, seu direito às primaveras. Ser humano é a espécie a ser manietada, amordaçada e vendada a fim de não mais ferir nem utilizar rifles nem flechas, jaulas, armadilhas e gaiolas, como tão gostosamente escolheu proceder. Essa, a espécie degenerada que polui, envenena com mercúrio e com palavras a Natureza ingênua, desarmada e pura que, pisada reverdece, decepada rebrota e agredida não reage, a não ser com perfume.
Se os caçadores que estão se propondo ajudar gratuitamente no controle dessa espécie invasora que está dando prejuízo aos agricultores e pecuaristas, for dificulta com essas leis feitas por quem não conhece o que é uma caçada de javali, vai sair muito mais caro para todos nós depois, porque quem pagará esta conta somos nós Brasileiros de bem que trabalhamos e pagamos nossos impostos!