Mais um estudo desbanca mito da necessidade de proteína animal

Carne à base de micoproteína produzida pela Quorn no Reino Unido (Foto: Getty/Quorn)

Mais um estudo desbancou o mito da necessidade de proteína de origem animal. Publicado na edição de novembro do periódico British Journal of Nutrition (BJN), o trabalho avaliou se a ingestão de proteínas de origem não animal seria capaz de estimular as mesmas taxas de síntese de proteínas miofibrilares em adultos com mais de 60 anos.

Para o trabalho que saiu pela editora da Universidade de Cambridge, os pesquisadores avaliaram 19 adultos de 66 anos – 12 homens e 7 mulheres que receberam uma alimentação rica em proteínas de origem animal ou rica em micoproteínas – derivadas de fungos, e com a mesma quantidade de calorias.

“Durante o período de controle dietético, os participantes realizaram uma sessão diária de exercícios de extensão de perna do tipo resistência unilateral”, informa o estudo.

A conclusão foi que as taxas de síntese proteica não foram diferentes entre aqueles que consumiram proteínas de origem animal ou micoproteínas.

Isso significa que mesmo entre pessoas com a faixa etária avaliada o consumo de carnes, ovos e laticínios pode ser substituído pela proteína vegana sem prejuízo à síntese de proteínas miofibrilares, que aumenta após a realização de atividades físicas que envolvem força, como é o caso da musculação.

Referência

Alistair J. Monteyne, Mandy V. Dunlop ,David J. Machin, Mariana O. C. Coelho, George F. Pavis, Craig Porter, Andrew J. Murton, Doaa R. Abdelrahman, Marlou L. Dirks, Francis B. Stephens e Benjamin T. Wall. A mycoprotein-based high-protein vegan diet supports equivalent daily myofibrillar protein synthesis rates compared with an isonitrogenous omnivorous diet in older adults: a randomised controlled trial. Novembro de 2020. Cambridge University Press.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

2 respostas

  1. Fisiculturistas, atletas e corredores olímpicos veganos que o digam pois são a prova, ao vivo e à cores, de que só não mudam mesmo os teimosos consumidores de cadáveres porque não querem, vão continuar não querendo e amando muito tudo isso, na boa véi.

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