Mercado de queijos veganos pode crescer muito mais

Foto: Violife

Não é novidade que a demanda por queijos veganos tem crescido no mundo. Basta analisarmos com brevidade a realidade atual para reconhecermos o interesse por mais opções sem leite.

Sem dúvida, muitas pessoas ainda não consideram deixar de consumir queijos tradicionais. Por outro lado, há um número crescente em direção oposta, e sabemos que quanto mais pessoas abdicam de produtos lácteos, ou não podem consumi-los, maior é a busca por alternativas.

Embora o Brasil ainda não esteja entre os países que mais oferecem opções em queijos vegetais, hoje qualquer pessoa que já se informou sobre o assunto reconhece que a realidade era bem diferente no país há dez anos ou mesmo há cinco anos, e a tendência é que isso se acentue ano a ano.

Há mais marcas nacionais investindo, mais produções artesanais emergindo, assim como cursos que oferecem a oportunidade para quem quer produzir apenas para consumo doméstico ou iniciar um pequeno negócio. Além disso, marcas internacionais têm visto no Brasil um potencial nesse segmento e começaram a trazer seus produtos pra cá em 2019.

R$ 24,27 bilhões em 2027

Mas o que promete transformar ainda mais esse mercado em um contexto global são os queijos veganos que estão sendo desenvolvidos a partir de novos processos de fermentação, o que inclui versão vegana da caseína, a proteína do leite.

Um exemplo de como esse segmento está mudando é uma pesquisa da Insight Partners apontando que o mercado de queijos veganos pode passar de um valor equivalente a R$ 14,13 bilhões em 2019 para R$ 24,27 bilhões em 2027. Ou seja, isso reforça como os consumidores estão motivando a expansão de um mercado de queijos sem leite.

Aumento da intolerância à lactose, benefícios para a saúde, razões éticas e ambientais são fatores determinantes. O crescimento da popularidade das proteínas de origem vegetal também costuma ser citado como favorável aos queijos veganos, que hoje são oferecidos com uma preocupação em mimetizar a experiência do consumo de um número cada vez maior de tipos de queijos. Pra isso, os fabricantes têm recorrido também a novos tipos de ingredientes.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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