A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) preparou um documento que será apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) em novembro em Glasgow, na Escócia.
O objetivo é destacar a “agropecuária como uma possível amiga do meio ambiente”, por mais que a ciência tenha mostrado o oposto disso.
No documento pautado na perspectiva do setor agropecuário brasileiro são abordadas questões como as definições objetivas sobre o mercado de carbono, financiamento para o cumprimento do Acordo de Paris, mecanismos focados em adaptação; e produção e preservação pautadas pela ciência e legalidade.
Sobre a iniciativa, a ministra Tereza Cristina disse que o agro é capaz de atuar na descarbonização ativa e no enfrentamento do aquecimento global, porém, segundo ela, as ações e planos acordados não devem perder de vista a competitividade da agricultura e pecuária e o papel do agro na segurança alimentar mundial.
Na conferência do clima
“Na COP26, temos a oportunidade, por meio dos resultados das negociações, de estabelecer condições objetivas para que o agro possa contribuir não apenas com a mitigação de emissões de gases do efeito estufa e a descarbonização das cadeias produtivas, mas também endereçar nossas necessidades de adaptação aos impactos da mudança do clima”, afirmou.
E acrescentou: “O Brasil e sua agricultura tropical têm um papel a desempenhar como portadores de soluções que conciliam segurança alimentar, crescimento econômico inclusivo e conservação ambiental”.
O coordenador de sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias Filho, disse que a expectativa do segmento é de que a COP26 reconheça a agropecuária como “uma solução ao alcance dessas metas”.