Morte de girafas no RJ ainda desperta dúvidas

O deputado Elias Vaz (PSB-GO) apresentou um requerimento de informação ao Ministério do Meio Ambiente em que cobra explicações sobre a situação das girafas importadas pelo Zoológico do Rio de Janeiro (BioParque).

Vaz diz que é preciso saber com qual finalidade o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou a importação de 18 girafas, três já morreram em Mangaratiba (RJ), para o BioParque.

Segundo o deputado, o próprio Ibama determina a construção de recintos de 600 metros quadrados para cada dois animais, conforme Instrução Normativa 07/2015. “Ainda assim, 15 girafas continuaram sendo mantidas em minúsculas baias, [celas de 40 metros quadrados, sem circulação de ar], contrariando a própria portaria do Ibama”, diz.

Elias Vaz também classifica como confusa a história da morte de três girafas após fuga de cinco do local de confinamento há mais de quatro meses. “O Ibama apurou quais os instrumentos utilizados na recaptura e quais foram as lesões sofridas pelas três girafas que morreram?”

O deputado destaca que esse tipo de situação deveria ser evitada pelo Ibama, já que sua missão é “proteger o meio ambiente e garantir qualidade ambiental”.

Em Março de 2022, uma ação civil pública (0017220- 37.2022.8.19.0001), com pedido liminar que exige recintos apropriados para os animais, denunciou que as 15 girafas já estavam “em condições miseráveis há três meses”. Além disso, conforme o documento, cercadas por telhas de metal, sem acesso à área externa para banho de sol – em situação de extremo sofrimento, sem as mínimas condições de bem-estar aos animais. A ACP foi acompanhada de parecer técnico.

“O presente requerimento é necessário diante dessa grave violação ao direito da coletividade ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e contra atos de crueldade contra animais”, conclui Elias Vaz.

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Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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