Movimento cobra fim das carroças de tração animal em BH

“Foi proposta aos 2.527 carroceiros cadastrados na Prefeitura de Belo Horizonte linha de crédito com o valor equivalente a motocicletas acopladas com caçambas” (Foto: Alex de Jesus/O Tempo)

A luta pelo fim da tração animal em Belo Horizonte (MG), que cobra substituição das carroças com animais pela tração motorizada, está ganhando mais força.

Ontem (20), o movimento BH Sem Tração Animal informou que mais de 50 associações da capital mineira assinaram e encaminharam uma nota de apoio cobrando dos 41 vereadores a aprovação do Projeto de Lei Municipal nº 142/17, de autoria de Osvaldo Lopes, que recebeu apoio da maioria dos vereadores na primeira votação em julho de 2017.

No entanto, de lá pra cá, o projeto não foi mais votado, criando uma preocupação em torno de uma situação de indefinição.

Vale lembrar que ao mesmo tempo em que o PL defende o fim da exploração de animais como meio de transporte pelas ruas da cidade, também prevê benefícios para quem atua como carroceiro.

“Foi proposta aos 2.527 carroceiros cadastrados na Prefeitura de Belo Horizonte linha de crédito com o valor equivalente a motocicletas acopladas com caçambas para que, sem prejuízo de seu sustento, continuem oferecendo os serviços de transporte com mais rapidez”, informa o BH Sem Tração Animal.

E acrescenta: “Isso porque os veículos com essa estrutura são mais potentes e, consequentemente, acessam com facilidade pontos de geografia acentuada da capital mineira, bem como percorrem longas distâncias em espaço de tempo reduzido.”

Além disso, outro ponto favorável aos carroceiros, segundo o BH Sem Tração Animal, é que eles não serão privados dos animais, desde que não os utilizem como meio de tração animal. No entanto, é preciso comprovar que há uma relação de afeto com o animal e inexistência de sinais de maus-tratos.

A proposta prevê uma abertura de créditos pelo poder público municipal que concede financiamento aos carroceiros para aquisição de veículos motorizados com parcelas que não ultrapassam R$ 150.

“O que é muito abaixo do necessário para suprir os custos de um cavalo, de modo que o orçamento familiar não será prejudicado”, garante o movimento BH Sem Tração Animal.

A nota foi disponibilizada na íntegra na página do BH Sem Tração Animal no Facebook. Para ler – clique aqui. 

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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