Não gostariam de estar ali, a caminho do matadouro

Arte: Roma Velarde

Sair de casa durante a chuva e encontrar em um posto de combustíveis um caminhão parado com animais confinados. Do outro lado, te observam. Você sabe que eles não gostariam de estar ali, a caminho do matadouro. Parecem buscar um alento fora daquele espaço reduzido. Alguns mais agitados, outros menos. Há também os silenciosos. A chuva parece que inebria sensações e impressões. A liberdade vem, mas só depois dos grilhões, quando o sangue escoa e a morte ressoa.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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