Para Barney Greenway, mundo terá de se adaptar a uma dieta mais baseada em vegetais

“Acho que agora as pessoas têm um entendimento mais integrado sobre a preservação do meio ambiente – o próprio ambiente em que vivemos” (Foto: Adam Wills)

Em entrevista ao EMP durante o Festival Bloodstock Open Air, realizado no Reino Unido em agosto, o vocalista da banda de metal extremo Napalm Death, Mark “Barney” Greenway, foi questionado sobre sua história com o vegetarianismo e o veganismo.

Ele contou que virou vegetariano aos 14 anos e fez a transição para o veganismo há pouco mais de dez anos. O que o motivou a dar esse passo foi a percepção de que não havia necessidade de continuar consumindo outros alimentos e produtos de origem animal.

“Então parei. Claro que fiz isso principalmente por compaixão, mas também estou interessado no aspecto da saúde. O aspecto compassivo é sempre meu ponto de partida, mas acho que o aspecto da saúde também é muito importante.”

Greenway comentou que hoje há mais pessoas abertas ao consumo de alimentos à base de vegetais em substituição aos alimentos de origem animal, o que, segundo ele, tem relação com o crescente reconhecimento de que é uma maneira mais compassiva e sustentável de se alimentar.

Importância do meio ambiente

“Acho que agora as pessoas têm um entendimento mais integrado sobre a preservação do meio ambiente – o próprio ambiente em que vivemos. A agropecuária não é sustentável; não pode continuar. Portanto, sei que todo o planeta terá de se adaptar a uma dieta mais baseada em vegetais.”

A primeira experiência que motivou Greenway a abdicar do consumo de animais foi a exibição de um vídeo na escola sobre um matadouro. “Daquele dia em diante, não consegui mais comer carne”, revelou em entrevista à organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA) em 2011.

Em 1997, o Napalm Death lançou o EP “In Tongues We Speak” em parceria com a banda de metalcore estadunidense Coalesce. Das quatro composições, “Food Chains” destaca-se por abordar os direitos animais a partir da perspectiva de que “aquilo que as pessoas chamam de comida” era antes de tudo um animal que foi subjugado.

Em uma das passagens, Barney Greenway berra: “Tão inabalável na sua mansidão/Porque quando está marcado para morrer/Os ouvidos desligam-se para os gritos.”

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Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Uma resposta

  1. Veganos, faz tempo, já estão plenamente adaptados ao seu cardápio sem crueldade e ecologicamente correto, porém ruralistas e a turma do agro negócio começam a espernear com essas ideias, mirabolantes e ameaçadoras para eles, de leite vegetal, carne de jaca e outras que tais, que ameaçam tirar do pasto suas cabeças, cerrando as portas de açougues, frigoríficos e Matadouros para sempre. Claro que a turma do colesterol alto e da pança cheia de pedaços de despojos, esbraveja, defendendo a brasa para sua sardinha porque nem pensar em plantar batatas ou bananas, esquece isso. No entanto, o mundo gira, e essas ideias ultrapassadas, obsoletas e arcaicas de se comer cadáveres vão cedendo lugar à inexorável conscientização do Planeta evoluído de que, essas mudanças atuais e inadiáveis para o Veganismo são apenas o começo de um Novo Tempo, doa a quem doer, porque já doeu, e muito, no corpo dos animais esquartejados para poderosos faturarem à beça. Hora da virada, gente boa.

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