Para CEO da Impossible, um mundo livre do uso de animais como alimentos é possível

“Eu estava confiante de que teríamos sucesso quando fundei essa empresa e agora estou completamente confiante” (Foto: Getty)

Durante participação este mês na conferência mundial de tecnologia Web Summit, o fundador e CEO da fabricante de carnes vegetais Impossible Foods, Pat Brown, defendeu que um mundo livre do uso de animais como alimentos é possível.

Uma prova disso, segundo Brown, é que a Impossible, sediada na Califórnia (EUA), está comprometida em criar alternativas para todos os alimentos de origem animal mais consumidos no mundo.

“Nossa missão é substituir completamente o uso de animais como tecnologia alimentar até 2035. Levamos isso muito a sério e acreditamos que é possível”, disse o CEO à repórter Laura Reiley, do Washington Post, durante a conferência on-line que teve pelo menos cem mil participantes.

“Eu estava confiante de que teríamos sucesso quando fundei essa empresa e agora estou completamente confiante. O jogo acabou para a indústria atual. Eles apenas não perceberam isso ainda”, afirmou.

Investimento em qualidade e impacto ambiental

Pat Brown disse que para atrair mais consumidores não há outro caminho que não seja oferecer produtos mais saborosos, mais nutritivos e mais baratos. “É o que faremos”, promete.

Ele reconheceu que chamar a atenção dos consumidores para o impacto ambiental da produção e consumo de carne e de outros alimentos de origem animal pode não ser suficiente para motivar uma mudança de hábitos alimentares, ainda que esta seja a principal motivação da Impossible.

Por isso a empresa promete direcionar seu foco para produtos que ofereçam importantes diferenciais em sabor, valor nutricional, preço e conveniência. “A sustentabilidade será apenas um bônus”, comenta.

E acrescenta: “De longe, o maior fator de contribuição às mudanças climáticas e ao colapso da biodiversidade global é o uso de animais como tecnologia de alimentos. Nada chega perto. Temos que nos livrar disso. É muito mais importante do que substituir os combustíveis fósseis em termos de benefícios para o mundo.”

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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