Parlamento Europeu aprova plano para acabar com experimentos com animais

“Está agora nas mãos da Comissão Europeia estabelecer este Plano de Ação a nível da UE, e esperamos que a comissão faça disso uma prioridade de alto nível” (Foto: PETA)

Ontem (15), o Parlamento Europeu aprovou um plano de ação para acabar com os experimentos com animais na pesquisa científica. Quase todos os parlamentares se posicionaram de forma favorável.

“Os eurodeputados solicitam um plano de ação para toda a UE com objetivos ambiciosos e alcançáveis, bem como prazos para a eliminação progressiva da utilização de animais em pesquisas e testes”, informa um comunicado divulgado pelo parlamento.

A Comissão Europeia divulgou que apenas em 2018 mais de oito milhões de animais foram usados em pesquisas científicas nos 27 países da União Europeia. A estimativa é de que hoje o número seja menor, mas ainda elevado. Por isso, os eurodeputados reconheceram a importância de acelerar o processo para o fim da prática.

“Está agora nas mãos da Comissão Europeia estabelecer esse Plano de Ação a nível da UE, e esperamos que a comissão faça disso uma prioridade de alto nível – [porque] se a Comissão leva a sério seus compromissos com os cidadãos da UE é necessário iniciar agora o diálogo com todas as partes para coordenar efetivamente o financiamento, a educação e os marcos para acelerar a transição para a ciência sem uso de animais”, declarou a eurodeputada Jytte Guteland.

“Precisamos usar a ciência, não animais”

Entre as medidas sugeridas para facilitar a transição está a criação de fundos para incentivar a adoção de métodos alternativos. “Este plano de ação para eliminar os experimentos com animais é uma situação em que todos ganham – humanos, outros animais e meio ambiente”, disse a eurodeputada Anja Hazekamp.

Ela reforçou que a Comissão Europeia e os Estados-membros têm de intensificar urgentemente os seus esforços para reduzir e substituir o uso desnecessário de animais na pesquisa científica.

As experiências em animais ainda são utilizadas em muitas áreas diferentes de responsabilidade da comissão. Então uma abordagem coerente é essencial para alcançar a segurança e a sustentabilidade sem testes em animais. Precisamos usar a ciência, não animais.”

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Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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