A exemplo da campanha Million Dollar Vegan, que em 2019 pediu ao Papa Francisco para se abster do consumo de animais durante a Quaresma, a organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA) enviou ao papa uma carta em que pede que o pontífice não se alimente de animais e motive todos os católicos a fazerem o mesmo.
“Em nossa carta ao papa, pedimos que encoraje os católicos a estenderem a mensagem de caridade e compaixão a todos os seres vivos, deixando os animais fora de seus pratos nesta Páscoa.”
A iniciativa da PETA foi motivada por uma mensagem do Papa Francisco aos católicos. “A Quaresma é um tempo de esperança, para voltar nosso olhar para a paciência de Deus que continua a cuidar de sua criação enquanto muitas vezes a temos maltratado.”
“São marcados, castrados e têm seus bicos cortados”
A reflexão do pontífice também incentivou a entidade a destacar na carta que os animais sofrem em decorrência dos nossos hábitos de consumo e que os “matadouros de hoje não são cristãos.”
“[Os animais] são marcados, castrados e têm seus bicos cortados [em referência a bovinos, porcos e galinhas]. Tubos de metal são enfiados em suas gargantas. É negado tudo que é natural e importante para eles. São espancados, chutados e abusados sexualmente [em referência às vacas].”
A organização também citou que é comum usarem bastões elétricos para darem choques nos animais, forçando-os a entrarem em caminhões e matadouros onde serão degolados para que as pessoas comam suas carnes.
“Por favor, Sua Santidade, incentive os Cristãos a rejeitarem a dominação, opressão e abuso que são as marcas registradas da violenta e cruel agropecuária”, pediu a fundadora da PETA, Ingrid Newkirk.
Uma resposta
De lideres religiosos espera-se que a compaixão por todos os seres seja a conduta rotineira que dispense lembretes e/ ou admoestações quanto ao tratamento dispensado aos mais carentes e fracos. Contraditório que professem sua fé, excluindo os animais da indispensável caridade e do incondicional amor que, até mesmo alguns ateus enaltecem e vivenciam, sem que precisem, para isso, crer em Deus. Lideres religiosos é que nos deveriam orientar quanto ao respeito ao direito à vida deles, não o contrário.