Pesquisa prevê grande crescimento do mercado de alternativas ao peixe

Filés estão entre os produtos mais comercializados da categoria de alternativas ao peixe (Foto: Gardein/Divulgação)

Embora as versões à base de vegetais de carne bovina, de frango e suína estejam se tornando mais populares no mundo, uma pesquisa realizada e divulgada este mês pela Fact.MR prevê grande crescimento do mercado de alternativas ao peixe e frutos do mar.

A previsão é de que nos próximos dez anos o segmento alcance um valor equivalente a R$ 7,2 bilhões, com uma impressionante taxa de crescimento anual composta de 28%.

Atualmente os produtos mais comercializados da categoria são os búrgueres e filés, que respondem por mais de um terço desse mercado.

“Aumento das preocupações ambientais, rápido esgotamento dos estoques globais de peixes e problemas de saúde associados ao consumo excessivo de carne provaram ser os principais aceleradores desse mercado”, informa a Fact.MR.

O que também tem contribuído é o aumento do número de startups investindo em tecnologias que permitam mimetizar o sabor e a textura de peixes e frutos do mar.

“Com o veganismo em ascensão, os peixes à base de vegetais têm garantido ganhos substanciais nos últimos anos. De 2016 a 2020, o mercado já estava experimentando um crescimento impressionante de dois dígitos e espera-se ainda que cresça muito mais nos próximos anos”, frisa a pesquisa.

Futuro promissor e sobrepesca

De acordo com um relatório publicado pela Waitrose & Partners, e referenciado pela Fact.MR, houve aumento de 114% nas menções on-line à comida e culinária vegana no mundo todo nos últimos anos, o que também tem motivado maior interesse e demanda por alternativas ao peixe e frutos do mar.

“O futuro dos alimentos à base de vegetais deve permanecer bastante auspicioso, com um impacto altamente positivo esperado também na demanda por peixes vegetais.”

Além disso, com base em dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a empresa de pesquisa de mercado aponta que a aquicultura não tem condições de atender a atual demanda global, e em um cenário em que muitas espécies estão desaparecendo dos oceanos. Ou seja, de um modo ou de outro, é preciso buscar novos caminhos.

“15 de 17 dos maiores peixes do mundo estão em níveis máximos de exploração ou em fase de esgotamento”, cita a Fact.MR.

Clique aqui para saber como a pesca comercial prejudica o meio ambiente.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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