Não há razão para sentir-se inseguro sobre ser vegano

(Foto: Georgia Barnard)

Tudo que as pessoas que não gostam de veganos querem é que veganos sintam-se inseguros em relação às suas escolhas e decisões. Alguns tentarão fazer você acreditar que é hipócrita, que não contribui efetivamente com os animais, mas isso está longe da verdade.

Há pessoas capazes de observar os seus hábitos para encontrar alguma falha, esquecendo-se de uma premissa básica – veganismo não significa perfeição, mas sim um aperfeiçoamento constante em franca oposição à exploração animal. Também não faz objeção às questões humanas, já que o veganismo é muito benéfico à humanidade pela sua convergência à justiça social e ambiental.

Quando me fazem questionamentos sobre o assunto, normalmente de antemão consigo identificar a intenção. A escolha das palavras, o tom e a forma como são usadas dizem muito sobre o propósito do interlocutor; se realmente está disposto a dialogar.

Assim consigo avaliar também se devo responder, sorrir ou ignorar. Não me recordo de nenhum momento em que senti-me em risco por qualquer indagação do tipo. Porque sentir-me em risco significaria amargar dubiedade sobre as minhas próprias decisões; e hesitação e vacilação não ajudam.

Bom, não apenas tenho segurança em relação ao que defendo, como também sei que a fragilidade do desconhecimento de quem ataca vem sempre carregada pelos arroubos da ignorância, da ablepsia e da equívoca passionalidade; o que também costuma suprimir o que deveria florescer.

Claro, aponte-me meus erros de forma respeitosa e eu considerarei, mas se faz isso de forma impolida e debochada, concluirei que estou diante de alguém que tripudia sobre a realidade; que resiste em reconhecer a óbvia razão dos que não aceitam a objetificação e produtificação animal. Não apenas não aceitam como estão sempre dispostos a mostrar como somos arbitrários na nossa relação com os outros animais, tenha tal ação uma acolhida positiva ou negativa.

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Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

2 respostas

  1. Xi… Eu me sinto muito inseguro, já que não sei dialogar; apenas sinto raiva quando me apresentam argumentos contrários, pois na maioria das vezes é pífio, mas bem cru (opressor/sem “rodeios”) e “ofensivo/zombador”.

    Pra mim, já tomei a decisão no dia, tornei-me e acabou-se! Se tiver que ficar relembrando meus motivos que levaram a transição, acabo me enrolando todo! Fora que, a indiferença das pessoas, me traz um sentimento muito amargo (de derrota)!

    Apesar de toda essa aleatoriedade, excelente artigo como sempre, David!

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