Petição pelo fim dos testes de cosméticos em animais ultrapassa 1,65 milhão de assinaturas

O objetivo da petição é pressionar o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) para banir a prática em todo o país (Foto: HSI)

Uma petição da Humane Society International (HSI) em parceria com a ONG Te Protejo que exige o fim dos testes de cosméticos em animais no Brasil ultrapassou 1,65 milhão de assinaturas.

“Ainda hoje, coelhos, porquinhos-da-índia, ratos e camundongos são envenenados, feridos e mortos para que ingredientes e formulações de cosméticos sejam testados e usados em produtos como shampoos, batons e até perfumes. A beleza não deveria custar tão caro”, lamenta a ONG Te Protejo.

O objetivo da petição é pressionar o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) para banir a prática em todo o país.

“Os testes cosméticos em animais são reprovados por três entre quatro brasileiros. Tal prática já foi proibida em 41 países, incluindo a União Europeia, Índia, Taiwan, Coreia do Sul, Guatemala, Nova Zelândia, Austrália e mais recentemente, no México.”

PLs, estados e resistência

Vale lembrar que há alguns PLs no Congresso Nacional que defendem o fim do uso de animais com essa finalidade. Um exemplo é o Projeto de Lei 948/2019, do deputado federal Célio Studart (PV-CE), mas que já não tramita de forma independente.

O que também não melhora a situação é que a proposta foi apensada a outro projeto de lei que foi arquivado duas vezes – PL 2905/2011, de Roberto de Lucena (Podemos-SP).

“Essas mudanças não resultam em padrões de segurança menos eficazes ou em qualquer perda de inovação na área cosmética. Na verdade, um crescente número de grandes e pequenas empresas tem apoiado tal legislação, reconhecendo os benefícios científicos de uma mudança para métodos alternativos e a necessidade de respeitar o desejo dos consumidores”, frisa a Te Protejo.

No Brasil, os testes em animais são proibidos no Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

“Líderes do Congresso Nacional e alguns ministros têm se mostrado resistentes em avançar na discussão, adiando a adoção de medidas legais cruciais há alguns anos”, lamenta a ONG.

Clique aqui para acessar a petição.

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Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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