Depois de reconhecer que não havia desculpas para não ser vegana, a britânica Naomi Joy, de Bristol, abdicou do consumo de produtos de origem animal, estendeu essa preocupação a todas as etapas de sua vida e ainda decidiu motivar outras pessoas a se tornarem veganas. De que forma? Por meio da arte.
As obras de Naomi reprovam a violência no prato e destacam o quanto é urgente refletirmos sobre a nossa relação com outros animais, principalmente aqueles que subjugamos aos bilhões por meio dos nossos hábitos de consumo. Uma de suas pinturas mais emblemáticas retrata um jovem bovino prestes a receber um tiro na cabeça.
Em referência que acentua a barbárie da realidade, a artista substitui a pistola de dardo cativo por uma arma de fogo, com a intenção de realçar a fatalidade do ato, já que embora a pistola de dardo pareça um “instrumento” o seu poder de destruir uma vida não é menor do que de um revólver.
Um olhar para nós
Na realidade, pode ser até pior, já que há muitos casos em que a “insensibilização” que precede a degola requer mais do que um disparo. Também chama atenção o olhar do animal que parece voltado para nós, não para quem está prestes a atirar contra ele.
Afinal, quem financia a matança de tantos animais para consumo são exatamente aqueles que, por meio da aquisição de produtos de origem animal, delegam aos outros o ato de matá-los. Do contrário, a atividade de magarefe, responsável pelo abate, não existiria.
Outras obras da artista que retratam animais em outros contextos e situações também retratam com esmero a expressividade de criaturas que, a partir de um olhar direto, diverso e ao mesmo tempo simbólico, clamam pela empatia e compaixão humana.
Acompanhe o trabalho de Naomi Joy:
