Preocupações com o meio ambiente, bem-estar animal e exploração de mão de obra tem motivado mudanças na indústria global de moda nos últimos anos, fazendo com que marcas e empresas se adaptem a uma nova realidade de consumo, seja a partir da própria percepção ou de uma análise de novas tendências de consumo responsável.
Hoje já não basta oferecer produtos atrativos aos olhos, é preciso ir além, revelando um compromisso ético que envolve toda a cadeia de produção. Até porque são aqueles que têm demonstrado na prática que estão alinhados a essa demanda que estão conquistando ou preservando mais a confiança dos consumidores.
Uma prova disso está no crescimento do mercado global de moda ética, que em 2019 já havia alcançado um valor global superior a R$ 34,31 bilhões; e 43,9% desse total graças a produtos identificados como livres de crueldade contra animais, que lideram esse mercado.
A projeção para 2023, segundo a Business Research Company (BSR), é que o segmento alcance um valor global equivalente a mais de R$ 44,40 bilhões, o que significa aumento de mais de 22% em relação a 2019. A demanda por mais produtos veganos nesse mercado é um dos fatores determinantes de crescimento.
Futuro promissor para a América do Sul
A projeção da BSR é de que o segmento de produtos criados a partir de fontes orgânicas deve registrar a maior taxa de crescimento anual composta nos próximos anos – de 16,2%.
Uma boa notícia para quem mora no Brasil é que a América do Sul será uma das regiões de maior crescimento de moda ética nos próximos anos, com taxa de crescimento anual composta de 11,4%. Ou seja, perdendo apenas para a Europa Oriental – com 11,9%.
Moda ética preconiza “ser justo”
Vale destacar que a moda ética também considera a importância em ser justo com fornecedores e trabalhadores envolvidos no desenvolvimento, produção e oferta de produtos – o que se enquadra em um compromisso de impacto social.
Além disso, busca-se minimizar ao máximo o impacto ambiental, considerando de que maneira a escolha de matérias-primas, insumos e uso de recursos naturais podem prejudicar comunidades, pessoas, espaços naturais e animais.
