De acordo com um estudo publicado em maio no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (Jcem), o consumo de proteína de origem vegetal em vez de proteína de origem animal pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares.
A conclusão é de um grupo de pesquisadores da Universidade Médica de Harbin, na China, que aponta que optar por proteína de origem vegetal aliada a uma porção adequada de carboidratos de alta qualidade no jantar, por exemplo, já pode ajudar a reduzir o risco de determinadas doenças em 10%.
Em pessoas com doenças cardiovasculares, o risco de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ou derrame pode ser reduzido em até 12% a partir dessa mudança de hábito alimentar.
Tirando a carne do prato
O estudo, que analisou dados de 27.911 participantes da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição realizada na China entre 2003 e 2016, destaca que uma dieta rica em carnes, que inclui versões processadas, açúcares e gorduras saturadas contribui para o aumento dos níveis de colesterol e, consequentemente, amplia o risco de doenças cardiovasculares.
Por outro lado, uma dieta com uma boa quantidade de carboidratos integrais – como grãos e outros vegetais – e uma quantidade bem reduzida de carne já apresenta diferenças significativas na diminuição do risco dessas doenças.
Então se o risco é menor reduzindo o consumo de carne e priorizando mais vegetais, podemos concluir que tirar definitivamente a carne do prato pode proporcionar mais benefícios se fizermos boas escolhas.
Dieta que pode salvar milhões
Vale lembrar que em 2016 um estudo do programa Oxford Martin sobre o Futuro da Alimentação, da Universidade de Oxford, concluiu que boas dietas à base de vegetais podem salvar milhões de pessoas, além de contribuírem para a redução do impacto das mudanças climáticas.
Segundo o Dr. Marco Springmann, que liderou o estudo, o que comemos influencia tanto nossa saúde quanto o meio ambiente global.
“Dietas desequilibradas, como dietas pobres em frutas e vegetais e ricas em carne vermelha e processada, são responsáveis por grandes problemas de saúde na maioria das regiões do mundo. Ao mesmo tempo, o sistema alimentar é responsável por mais de um quarto de todas as emissões de gases de efeito estufa e, portanto, um dos principais motores das mudanças climáticas.”
Para avaliar os impactos na saúde e no meio ambiente, os pesquisadores fizeram projeções de quatro cenários dietéticos diferentes para o ano de 2050. A conclusão foi que uma dieta à base de vegetais tem a maior probabilidade de salvar muitas vidas em menos de 30 anos.
Uma resposta
Proteínas de origem vegetal podem sim, e muito, ajudar a reduzir o risco de doenças humanas, além de contribuir para que os animais gozem de excelente saúde, dispensados de morrer para, “supostamente”, nos manter vivos.