Proteínas alternativas são a maior tendência em tecnologia de alimentos

Carne livre do abate de animais da espanhola Cocuus citada pela StartUs

Uma pesquisa realizada pela StartUs Insights destaca que as proteínas alternativas são a maior tendência em tecnologia de alimentos em 2021. A conclusão é baseada em análise das transformações promovidas por novas demandas de consumo.

“As tendências da tecnologia de alimentos marcam uma mudança em direção a escolhas alimentares sustentáveis e personalizadas. Isso inclui proteínas alternativas, alimentos locais, nutracêuticos e nutrição personalizada.”

Desses mercados de destaque, as proteínas alternativas ficaram em primeiro lugar em tendência e inovação, respondendo por um percentual de 26%, enquanto a segunda colocada, a indústria nutracêutica, totalizou 15%.

A conclusão é baseada em uma avaliação de 5.065 startups e scaleups globais. Segundo a StartUs, as proteínas alternativas estão ganhando mais visibilidade, mais mercado e mais investimentos porque há uma preocupação com impacto ambiental associado ao atual sistema alimentar.

“Os consumidores estão optando por proteínas alternativas devido a preocupações com a saúde e o meio ambiente, o que está se tornando uma das tendências mais relevantes da tecnologia de alimentos.”

Avanços e destaques

Além de carnes vegetais e cultivadas, a pesquisa também cita alimentos à base de micoproteínas entre as principais fontes de proteínas alternativas.

“Não são apenas ricas em nutrientes, mas também minimizam o uso de recursos da fazenda à mesa, ao contrário da proteína do gado”, frisa a StartUs e acrescenta que também há uma redução geral de custos.

“Avanços em impressão 3D, fermentação e biologia molecular permitem que as startups desenvolvam soluções alternativas sustentáveis de produção de proteína. Isso ajuda as empresas de alimentos a compensarem as preocupações éticas e a pegada da produção industrial de carne.”

Em uma lista de 20 startups promissoras, a StartUs cita a espanhola Cocuus, que diz estar pronta para imprimir até oito quilos por minuto de costeletas, bacon e salmão livre do abate de animais. Segundo a Cocuus, suas costeletas bioimpressas são feitas de células cultivadas em um biorreator que possibilita uma produção em escala industrial.

Em 2018, a empresa recebeu o prêmio europeu de empresa mais inovadora no Alimentaria Foodtech Barcelona. Já em 2019, ganhou um prêmio por produto mais inovador durante a Horeca Professional Expo, em Madri.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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