De acordo com uma pesquisa da Euromonitor International divulgada na semana passada, quase um quarto dos consumidores do mundo todo está tentando reduzir o consumo de carne.
Adotar um estilo de vida mais saudável tem levado os consumidores a seguirem dietas à base de vegetais, sem carne ou flexitarianas, segundo a Euromonitor.
A analista sênior da Euromonitor Nozomi Hariya diz que a pandemia de covid-19 tornou mais consumidores conscientes do impacto que suas ações individuais têm na sociedade.
A pesquisa também aponta que os flexitarianos estão ajudando a impulsionar o aumento das alternativas à base de vegetais.
“57% dos consumidores globais acreditam que suas escolhas e ações podem fazer a diferença no mundo”, consta no relatório “A Voz do Consumidor: Estilos de Vida”, da Euromonitor.
Além da sustentabilidade, benefícios para a saúde e mais fácil acesso são apontados como essenciais para que novos produtos à base de vegetais atraiam mais consumidores – um mercado que já ultrapassou o valor global de US$ 40 bilhões.
“O uso de tecnologia e o trabalho em parceria entre indústrias e países também será fundamental para promover a sustentabilidade”, avalia Hariya.
No Brasil
O mercado de alimentos à base de vegetais está em ascensão no Brasil. Em 2020, o interesse por esses produtos aumentou de 67%, há três anos, para 90%, de acordo com dados do Good Food Institute (GFI) Brasil.
Nesse contexto, mais empresas buscam o expertise de companhias fornecedoras de tecnologias para desenvolver produtos análogos à carne, além de queijos, sorvetes e iogurtes, com sabor e texturas agradáveis ao paladar.
Em 2015, o setor faturava cerca de R$246,7 milhões no Brasil. Esse número foi para R$418,7 milhões em 2020, representando uma alta de 69,6% e um crescimento médio anualizado de 11,1%. Para 2025, a projeção é atingir R$666,5 milhões, de acordo com dados da agência Euromonitor.
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