De acordo com a atualização da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN em inglês) divulgada na semana passada, mais 154 espécies de tubarões, raias e quimeras estão ameaçadas de extinção, elevando o total para 316 em comparação com 2014.
Segundo o World Wide Fund For Nature (WWF), o número inclui quatro espécies de tubarão-martelo, quatro de tubarão-anjo e também a raia-manta gigante.
“Essas descobertas são tristemente previsíveis”, disse o Dr. Andy Cornish, coordenador do “Sharks: Restoring the Balance”, programa global de conservação de tubarões e arraias do WWF.
“Vinte anos se passaram desde que a comunidade internacional reconheceu a ameaça de sobrepesca por meio do Plano Internacional de Ação para Tubarões. No entanto, obviamente, não foi feito o suficiente para conter a pesca excessiva que está levando esses animais à beira da extinção.”
“Governos devem tomar medidas que reduzam a sobrepesca”
A organização aponta que, segundo a atualização da IUCN, a primeira espécie de tubarão já pode ter sido extinta. “O tubarão perdido (Carcharhinus obsoletus) foi classificado como criticamente ameaçado (possivelmente extinto), o que significa que há uma chance de que ele já esteja extinto na natureza, mas mais pesquisas são necessárias para provar isso.”
Na avaliação do WWF, desde a última atualização da Lista Vermelha em 2014, a inclusão de mais espécies mostra que os peixes marinhos estão se tornando rapidamente um dos grupos de vertebrados mais ameaçados do planeta.
“Os governos devem tomar medidas que reduzam a sobrepesca de tubarões e raias com urgência”, disse o Dr. Cornish.
“Também precisamos desesperadamente aumentar os esforços para recuperar as populações das espécies mais ameaçadas. Não fazer isso resultará inevitavelmente em uma onda de extinções acontecendo sob nossa vigilância. Devemos aproveitar o momento para impedir que isso aconteça.”