Startup acredita que futuro do leite será longe das vacas

“Exploramos nossas vacas e nosso planeta até seus limites, e produzir leite da maneira tradicional não é mais sustentável” (Foto: Evgeny Karandaev/Fotolia)

O futuro do leite será longe das vacas. Isso é o que reforça mais uma startup que está investindo no desenvolvimento de alternativas ao leite convencional a partir de uma nova tecnologia em fermentação microbiológica.

De Israel, a Remilk, que já recebeu apoio da incubadora da ProVeg International, da Alemanha, tem conseguido sedimentar o seu caminho para alcançar esse objetivo.

Este mês a startup anunciou que arrecadou o equivalente a mais de R$ 58 milhões para “ressignificar os laticínios” a partir de um projeto de escala de produção em massa. Isso mostra também que os investidores estão acreditando cada vez mais que, com a tecnologia certa e o planejamento certo, a pecuária leiteira pode se tornar obsoleta.

Vale lembrar que nos EUA, a Perfect Day e a Impossible Foods também estão investindo nesse segmento e em valores que já estão muito além dos milhões. No caso da Impossible, isso faz parte dos seus planos de criar até 2035 versões para todos os alimentos de origem animal mais consumidos.

“Reproduzimos proteínas do leite para fabricar laticínios que são seguros, deliciosos e idênticos ao leite de vaca, mas sem prejudicar uma única vaca”, informa a Remilk.

Uso de animais deve se tornar “coisa do passado”

A startup defende que o uso de animais deve se tornar “coisa do passado”.

“Exploramos nossas vacas e nosso planeta até seus limites, e produzir leite da maneira tradicional não é mais sustentável. Aqui na Remilk trazemos uma mensagem de esperança e alegria para nosso planeta, nosso corpo …e para as vacas.”

Segundo a empresa, o produto é livre de colesterol, hormônios e antibióticos. Além disso, para ser produzido, requer apenas 5% dos recursos naturais utilizados na pecuária de leite e gera somente 1% dos resíduos da produção leiteira convencional.

“É 100% livre de crueldade e você nunca será capaz de notar a diferença [em relação à textura e sabor]”, garante.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Uma resposta

  1. “Que o futuro do leite seja longe das vacas” e o futuro da carne seja longe dos bois,dos carneiros, dos coelhos, dos porcos e das galinhas. Que o futuro dos peixes seja longe dos anzóis, das redes e dos arpões tanto quanto o amanhã dos pássaros seja longe das arapucas e gaiolas, o futuro do mel seja longe das abelhas e o amanhã das peles seja longe dos visons. Só assim estaremos perto do racional superior que achamos que já somos, mas longe estamos de ser porque na condição, ainda, de simples amebas pensantes que, às vezes, nem ao menos pensam.

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