Suplementos à base de plantas conquistam os consumidores

“A cultura vegana em crescimento está entre os fatores que impulsionam o mercado de proteínas vegetais” (Foto: Getty)

Os suplementos proteicos à base de plantas estão conquistando cada vez mais consumidores, e as razões são éticas, ambientais ou simplesmente busca por mais saúde, resultados estéticos e mais qualidade de vida.

Há muitos consumidores que estão trocando suplementos de proteínas mais convencionais como o whey protein, baseado no soro do leite, pelos seus equivalentes de origem vegetal; o que já motivou praticamente todos os fabricantes de suplementos de proteínas do Brasil a lançarem suas próprias versões à base de soja, ervilha, arroz, etc.

Essa realidade vai ao encontro de um estudo publicado recentemente pela empresa de pesquisa de mercado Persistence Market Research, que aponta que está havendo uma demanda extraordinária por suplementos proteicos à base de plantas nos últimos anos “devido às suas aplicações nutricionais”.

Atualmente entre as principais opções estão as proteínas derivadas de soja, trigo, arroz e ervilha, e que têm sido utilizadas inclusive como alimentos funcionais anti-hipertensivos. O que torna esse tipo de proteína um grande atrativo, de acordo com o relatório da PMR, é o fato de que fornece todos os aminoácidos necessários e ajuda na redução da ingestão de gordura saturada e colesterol.

“Para prevenir doenças cardiovasculares, a demanda por alimentos acrescidos de proteínas vegetais hidrolisadas está aumentando. É uma maneira eficaz de reduzir o colesterol LDL e diminuir o risco de doenças cardíacas”, enfatiza a PMR.

Já no último dia 2 de dezembro, a empresa de pesquisa global de mercado Allied Research publicou o seu mais recente relatório, defendendo que as gerações mais jovens e a divulgação dos suplementos proteicos à base de plantas em mídias sociais têm contribuído para favorecer o interesse de consumidores de diversas partes do mundo por proteínas livres de ingredientes de origem animal.

E como consequência desse crescente interesse, a previsão é de que até 2026 esse mercado movimente pelo menos sete bilhões de dólares em vendas, segundo a AR. “A cultura vegana em crescimento está entre os fatores que impulsionam o mercado de proteínas vegetais”, destaca a PMR.

Marca vegana é considerada a mais confiável

Uma pesquisa realizada este ano pela empresa de análise de mercado BrandSpark International revelou que a marca vegana de suplementos proteicos Vega é considerada a mais confiável pelos canadenses.

A pesquisa, que contou com a participação de 17 mil consumidores, é apontada como a maior realizada no país sobre a avaliação de suplementos proteicos por parte dos consumidores.

A Vega, que ficou em primeiro lugar entre as marcas de suplementos proteicos, tem um público bastante diversificado, que inclui praticantes de musculação e de outras atividades físicas; e pessoas que querem ou precisam apenas aumentar a ingestão diária de proteínas; ou que utilizam proteína vegetal em pó em preparações culinárias.

Fundada em 2001 pelo triatleta vegano Brendan Brazier, os suplementos proteicos da Vega são baseados em uma combinação de ervilha, linhaça e cânhamo, e podem ser encontrados nos sabores chocolate, baunilha, amêndoas com coco, mocha, natural, etc. A marca vegana conta com o selo BrandSpark Most Trusted Award, que identifica os produtos mais confiáveis na perspectiva do consumidor.

Proteína vegetal ganha embalagem de bioplástico

Reconhecendo o crescimento do interesse por proteínas à base de plantas, este ano a marca brasileira de suplementos alimentares Atlhetica lançou no mercado o “Best Vegan”, um suplemento à base de proteína isolada de ervilha, proteína concentrada de arroz, proteína concentrada de semente de abóbora e proteína de chia que vem em embalagem de bioplástico desenvolvido a partir de sobras de cana-de-açúcar.

O produto, que oferece 20 gramas de proteínas e 5,2 gramas de carboidratos a cada dose de 35 gramas, está sendo comercializado nos sabores bolo de banana, cacau, cocada, muffin de morango e banana, tiramissú e torta de maçã com canela.

Na versão dose única, o “Best Vegan” é vendido em sachês produzidos com 60% de papel de floresta certificada (FSC) e 40% de polietileno verde. “Nós não conseguiremos fazer tudo, mas temos a obrigação de pelo menos tentar contribuir com o meio ambiente”, disse Eduardo Mondini, diretor de marketing da Atlhetica Nutrition.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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