Tereza Cristina é contra campanha da ONU pela redução do consumo de proteína animal

“A Europa quer impor o seu sistema para o resto do mundo”, criticou (Foto: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados)

Ontem (5), durante audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Câmara dos Deputados, a ministra Tereza Cristina destacou que os países da América do Sul devem reagir à Cúpula dos Sistemas Alimentares da Organização das Nações Unidas (ONU).

No evento, que será realizado em setembro, uma das prioridades é encorajar os governos a adotarem medidas de desaceleração do consumo de proteínas de origem animal em benefício do meio ambiente.

“É uma cúpula que muito nos preocupa porque um dos temas que estão lá colocados é a diminuição na alimentação da proteína animal, de carne de boi”, declarou Tereza Cristina e chamou a atenção para que os países da América Sul transmitam “uma mensagem única”.

A ministra disse ainda que a pecuária é essencial para o Brasil e para outros países da América do Sul e deixou claro que não concorda com o incentivo a uma alimentação com menos proteína animal.

“A Europa quer impor o seu sistema para o resto do mundo”, criticou. A audiência foi organizada pela deputada Aline Sleutjes (PSL-PR), que tem defendido a criação do Programa Nacional de Apoio à Pecuária Leiteira.

Contra leites vegetais

Em abril, a deputada encaminhou a Indicação 516/2021, em que defende redução de impostos para o setor e mais estímulo ao consumo de leite, inclusive na merenda escolar, assim como campanhas educativas em parceria com o setor produtivo.

Na solicitação, a deputada reclama que a palavra leite está tendo “utilização indevida”, o que, segundo ela, gera “uma competição desarmônica entre produtos de origem vegetal com produtos de origem animal”.

Aline Sleutjes sustenta que é preciso evitar que a população seja “induzida ao erro” em consumir produtos que não são de origem animal. Vale lembrar que o Projeto de Lei (PL) 10556/2018, da atual ministra e ex-deputada federal Tereza Cristina, visa proibir o uso do termo “leite” para produtos de origem não animal.

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Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Uma resposta

  1. Quem vende peixe não pode ser contra a pesca; perfeitamente coerente com o tamanho do interesse e da conveniencia, o fato de se puxar a brasa para a propria sardinha.

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