Animais “bem tratados” também acabam no matadouro

Ser “bem tratado”, não muda o fato de que o fim desse animal domesticado e objetificado será no matadouro (Acervo: Tras Los Muros)

Alguém me manter cativo em um lugar, me oferecer a melhor alimentação e a melhor cama, ainda assim não me faria qualificar essa pessoa como alguém que está ponderando o que é melhor pra mim, mas somente o melhor para si mesma.

Afinal, se sou mantido em confinamento, também sou impedido de exercer meus interesses naturais e a minha liberdade – logo condicionado a um tipo de exploração.

O mesmo raciocínio merece ser considerado quando falamos de animais criados para consumo. Mas por que? Porque confinamos bilhões de animais por ano no mundo todo – citando apenas os terrestres.

Ademais, todo animal que supostamente é bem tratado nesse sistema, não o é por bonomia ou indulgência, mas apenas porque se trata de uma exigência condicionada a uma demanda. O que não muda o fato de que o fim desse animal doméstico e objetificado será no matadouro.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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