Vegana usa artivismo para “falar pelos animais” que exploramos

“Usar minha arte para falar pelos animais é uma maneira incrível de divulgar a mensagem vegana” (Artes: Melissa Schultz)

A artista vegana Melissa Schultz conta que sempre teve uma preocupação em usar a arte como instrumento de transformação. Foi por isso que ela se identificou tanto com o artivismo, uma combinação de arte e ativismo que principalmente nos últimos dez anos tem atraído artistas que se tornaram veganos e que desejam motivar mais pessoas a considerarem o veganismo.

“Usar minha arte para falar pelos animais é uma maneira incrível de divulgar o veganismo. Até pintei meu carro inteiro para poder levar a mensagem vegana aonde quer que eu vá”, revela.

Em referência às dezenas de bilhões de animais que matamos para consumo por ano, e falando apenas das espécies terrestres mais domesticadas com esse fim, Melissa diz que é de “partir o coração”.

“Não há motivo para explorarmos os animais”

“Não há motivo para explorarmos os animais para desfrutar dos alimentos que amamos. Há alternativas para tudo”, comenta.

Suas obras evidenciam desde o absurdo da situação em que os animais para consumo são criados até a massiva matança. Afinal, enquanto digito este texto, muitos bovinos, suínos, aves e outros animais são pendurados e degolados.

Sobre a nossa desconexão em relação a eles, uma das obras mais impactantes de Melissa Schultz é uma ilustração em que uma criança toma sorvete sentada sobre uma caixa em que um bezerro é mantido confinado.

A crítica se direciona ao leite usado na produção do sorvete, que provém de fazendas onde bezerros são separados de suas mães para que seu alimento seja destinado ao consumo humano.

“Pergunte a si mesmo, você poderia segurar a faca?”

Em síntese, o sorvete também financia essa separação que culmina em privação e violência, já que os dois serão mortos nessa indústria; ele mais cedo, a mãe mais tarde, quando a produção de leite cair.

Outra obra de Melissa que retrata muito bem o especismo é a do cão que, livre no campo, olha nos olhos de um porco confinado – realidade comum dos suínos desde o nascimento até o dia do abate.

Sobre essa crueldade, que envolve tantos animais todos os dias, a artivista sugere: “Pergunte a si mesmo: ‘você poderia segurar a faca?’ A maioria das pessoas responderia NÃO. Mas toda vez que você compra carne, está pagando alguém para matar um animal por você.”

Acompanhe o trabalho de Melissa Schultz:

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Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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