Uma pesquisa da Research Dive destaca que a venda de carnes vegetais pode aumentar 400% até 2027, chegando a um valor equivalente a mais de R$ 360 bilhões em um cenário global.
“Os hábitos alimentares dos consumidores estão evoluindo e hoje muitas pessoas sentem-se atraídas por produtos alimentícios à base de vegetais. Há também mais preocupação com a associação entre o consumo de carnes e doenças cardiovasculares”, informa a Research Dive.
Somente as vendas de seitan ou carne de glúten devem crescer de um valor global equivalente a R$ 2,3 bilhões em 2019 para mais de R$ 15 bilhões até 2027. Ou seja, isso significa 6,5 vezes mais em vendas em um período de oito anos.
A soja deve continuar ocupando posição de destaque, com carnes vegetais derivadas da leguminosa garantindo receita de mais de R$ 90,48 bilhões até 2027. “Muitos produtos alimentícios inovadores, como búrgueres veganos, têm sido feitos com soja, o que tem chegado a um grande número de consumidores e favorecido o crescimento desse segmento.”
Produtos mais bem aceitos
Outro ponto favorável às vendas de carnes vegetais, de acordo com a RD, é que há um crescente número de fabricantes reconhecendo a importância de oferecer produtos livres de colesterol e com o mínimo de gorduras saturadas. “Isso ajuda a acelerar o crescimento do mercado”, avalia a empresa de análise de mercado.
Outra observação é que, sem dúvida, algumas regiões do mundo estão experimentando maior demanda e aceitação em relação às carnes vegetais, seja por questão cultural ou de informação aliada às motivações pessoais.
A tendência é de que esses produtos sejam cada vez mais bem aceitos por número muito superior ao atual de consumidores, e também em regiões onde esse consumo ainda pode não parecer tão atraente. O que deve ajudar é a diversidade de opções que aumentam a cada ano.
“Há governos reconhecendo os benefícios das opções à base de vegetais. São iniciativas que podem ajudar o mercado a avançar”, conclui a Dive Research.
Saiba Mais
Em 2019, as vendas de carnes vegetais somaram pouco menos de R$ 90 bilhões no cenário global.