Pesquisar
Close this search box.

Vinho, um produto que pode contar com bexiga de peixe e sangue

Foto: iStock

Se você falar em público que as pessoas consomem vinho produzido com a utilização de bexiga de peixe, clara de ovo desidratada e sangue é possível que se depare com expressões de descrença e estranheza, talvez também risos.

Afinal, por que utilizariam algo assim na elaboração de uma bebida fermentada à base de uva? Porque durante o processo de vinificação são usados os chamados “agentes de colagem”, que podem ou não ser de origem animal.

Infelizmente, quando se opta pela primeira, e com a finalidade de filtrar substâncias indesejadas e/ou alterar cores e sabores, usa-se gelatina (a partir de tecidos de bovinos e suínos), albumina (clara de ovo desidratada) e quitina (extraída de crustáceos).

Ou então caseína (proteína do leite), óleo de peixe, sangue (de animais abatidos para consumo – de uso menos comum) e isinglass (conhecido como “cola ou gelatina de peixe” e obtido a partir da membrana das bexigas natatórias desses animais – de uso mais comum), entre outros exemplos.

Opções de origem não animal

Já os “agentes de colagem” de origem não animal incluem argila bentonita, caulinita, calcário, caseína vegetal, carbono, proteína de batata e placas vegetais. Mas então alguém pode perguntar por que nem sempre isso vem discriminado na lista de ingredientes.

A resposta é porque esses produtos podem não ser classificados como ingredientes, já que a finalidade é de filtragem ou clarificação, o que incorre em conveniente desobrigação.

Por isso, é recomendado que o consumidor busque se informar a respeito de marcas e produtos quando o seu desejo é consumir um vinho livre do uso de animais.

Uma boa notícia é que hoje está crescendo o número de fabricantes preocupados em oferecer algum selo específico que visa garantir ao consumidor que não foi utilizado nada de origem animal no processo de produção.

Saiba Mais

O barnivore.com é o site mais conhecido para consulta de bebidas alcoólicas veganas no mundo.

Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

2 respostas

  1. Isso está parcialmente correto, não é mais bem assim. Sangue desde o episódio da vaca louca passou a ser proibido o seu uso. Outros produtos de origem animal se usa, mas numa escala muito pequena, unica e exclusivamente caseinato de potássio (do leite, ictiocola ou cola de peixe e gelatina. Quando usado algum desses 3 produtos, é obrigatório constar no contra, em respeito aos veganos. Quanto aos não orgânicos se usa a bentonite, uma argila. Alguns são usados na vinificação, quando o suco da uva se transforma em vinho e outros no processo de “acabamento” do vinho para ser engarrafado. Trabalhei com esses produtos por mais de 40 anos, sei o que estou dizendo. Hoje em dia também pouco tem se filtrado o vinho, aguarda-se uma decantação natural e daí se engarrafa. Com a melhor qualidade das uvas alcançadas nos últimos 30 anos, a intervenção HUMANA É MÍNIMA. Procurem um produtor da vossa confiança e fiquem tranquilos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *