De acordo com uma pesquisa realizada e divulgada recentemente pela empresa internacional de pesquisa de varejo Ipsos Retail Performance, 9,7 milhões de pessoas nos Estados Unidos não consomem alimentos de origem animal – o que significa uma grande mudança de hábitos de consumo em comparação com a década passada.
Segundo o relatório, a diferença é gritante se considerar que há 15 anos o número de pessoas que não consumiam esses alimentos não passava de 290 mil.
Para quem quiser conferir mais detalhes do relatório, a Ipsos disponibilizou em seu site um gráfico interativo sobre os números de cada estado.
Usando informações do banco de dados do Google, a Ipsos informa que conseguiu determinar os níveis de interesse em dietas sem alimentos de origem animal nos Estados Unidos no período de 2004 a 2019.
Abstenção também é crescente no Brasil
No Brasil, o Ibope Inteligência revelou em 2018 que 14% da população se identifica como vegetariana (nessa pesquisa, quem não consome carne já foi classificado dessa forma), o que corresponde a 30 milhões de pessoas; e que cerca de cinco milhões se identificam como veganas, de acordo com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).
Independente dos números, e como reflexo do aumento do número de pessoas que não consomem carne ou que são vegetarianas e veganas, há uma estimativa de que o mercado brasileiro de produtos veganos tem crescido 40% ao ano. Uma pesquisa realizada pela Mintel apontou que o Brasil é o sexto país que mais lançou produtos veganos entre junho de 2017 e julho de 2018.
A posição é dividida com outras nações que estão vivenciando a emergência do veganismo, como Canadá, Austrália, Itália e Áustria. Ponderando que até a década passada, quando se falava em produtos para veganos, o mercado se restringia mais ao Reino Unido e Estados Unidos, o aumento da demanda no Brasil e em outros países acaba por ser também um reflexo do crescimento do veganismo.