
A menina olhava para a galinha e a galinha parecia olhar para a menina, mesmo não olhando.
A menina não ficou feliz de ver a galinha e não sabia se a galinha teria ficado feliz em vê-la.
A galinha não tinha penas. Imaginou que aquele era um tipo de nudez da galinha, não escolhida pela galinha.
Achou triste vê-la daquele jeito. A galinha estava exposta para ser vista. E seria vista como viu a menina?
A galinha tinha olhos vítreos, que não mudavam – uma expressão sem expressão.
A galinha estava gelada. A menina pensou em como era frio ali dentro, mas que a galinha já não sentia.
A galinha não sentir não mudava o estranhamento em relação ao frio daquele lugar.
Um corpo guardado para não estragar, para não apodrecer.
“Porque dizem que é pra comer. Se deixar fora da geladeira, apodrece, como a minha própria carne apodreceria. Quem comeria?”
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Uma resposta
Seres humanos foram instruidos serem predadores .
Matam não por fome ou necessidade, matam por sentir sua superioridade
Em seres que são criados não acreditando que seu fim será sem do outro piedade .
Humanos não come humano ! Será , temos os corações devorados , a dignidade rasgada todo santo dia no meio dos humanos “Racionais ” que tá mim não tem mais nem alma , nem racionalidade nem humanidade .